O Twitter do suposto hacker de Araraquara, Walter Delgatti Netto, o ‘Vermelho”, é alvo de investigação particular da Polícia Federal porque, segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, suas postagens mais recentes teriam sido realizadas de Brasília e não de Araraquara.
Fórum antecipou em texto deste blogue que Delgatti ficou desde 2011 sem usar essa rede social e voltou no dia 27 de maio deste ano, pouco antes do juiz Sérgio Moro anunciar que seu celular havia sido invadido, o que ocorreu no dia 4 de junho, com um comportamento completamente diferente do que tinha antes.
No seu retorno, Delgatti voltou “Lula Livre”. E passou a republicar matérias do 247, DCM, Fórum, Carta Capital, The Intercept e de políticos como Paulo Pimenta e Margarida Salomão, ambos do PT.
A questão é que Delgatti é filiado ao DEM e no seu Instagram, que é fechado, a frase de destaque é uma crítica a Dilma, também revelado ontem aqui.
Ainda ontem, Fórum também publicou com exclusividade reportagem do colunista Cleber Lourenço em que uma ativista de esquerda relatou que foi procurada por Delgatti no Instagram e que ele buscava lhe passar informações exclusivas do caso Vaza Jato, dizendo-se amigo de Glenn Greenwald.
Essa ativista tinha um nick no twitter que cairia como uma luva se, porventura, pudesse ser acusada de participar do esquema de vazamentos para politizar a história contra o PT e partidos progressistas. Fórum não divulga o nick a pedido da internauta, que está com receio de ser envolvida no caso.
O que pode estar por trás do fato de os tweets terem sido enviados de Brasília?
Delgatti pode ter ficado na capital federal e não em Araraquara neste período da Vaza Jato. Ou então, Delgatti pode ter passado sua conta para ser administrada por alguém de Brasília neste período. Alguém que se tornou o “hacker de esquerda” para criar a história tão desejada pelo governo, por Moro e pela Lava Jato.
O fato de os tweets terem sido envidados de Brasília não é um detalhe. Pode ser a ponta de um novelo que vai levar a verdadeira história do tal hacker de Araraquara.
Edição: João Paulo Soares
