Centrais sindicais ocupam as ruas de todo o país neste 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, em atos unificados contra a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL) e os altos índices de desemprego no país. Segundo dados divulgados na última terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,7% da população economicamente ativa está desempregada.
Atualizado em 1º de maio de 2019, às 15h20.
Durante a semana, foi anunciado o indicativo de greve geral para o dia 14 de junho em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Acompanhe no Brasil de Fato, ao longo do dia, a repercussão dos protestos.
Além das centrais sindicais, os atos do 1º de Maio também contam com o apoio e convocatória das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem partidos e movimentos populares de todo o país.
Confira abaixo as últimas informações dos protestos do 1º de Maio em cidades do Brasil, da Europa e da América do Norte:
São Paulo
Cerca de 200 mil pessoas, segundo a organização, se reuniram no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista, a partir das 10 horas da manhã. Dirigentes de todas as centrais sindicais criticaram a equipe econômica do Bolsonaro e reforçaram a importância da greve de 14 de junho. Subiram ao palco artistas como Leci Brandão, Ludmilla, Simone e Simaria, Paula Fernandes, Toninho Geraes, Mistura Popular, Maiara e Maraísa, Kell Smith, e Júlia e Rafaela.
Guilherme Boulos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), destacou que a união de todos os trabalhadores e trabalhadoras na greve geral será uma ação importante na defesa dos direitos da população: “Aqui começa a luta que vai barrar a reforma da Previdência no dia 14 de junho o Brasil vai parar contra esse projeto que quer destruir a previdência pública. Eles não querem enfrentar privilégios, isso é mentira. Eles estão atacando direitos”, disse.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o ato unificado das centrais sindicais acontece na Praça Mauá. Trabalhadores se uniram para denunciar que a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro ataca uma vez mais os direitos dos trabalhadores. A atividade tambem contou com samba para homenagear Beth Carvalho e em diferentes momentos os manifestantes gritaram pela liberdade do ex-presidente Lula.
Brasília
A partir das 13 horas, milhares de trabalhadores se reuniram no parque Taguaparque, com apresentações culturais de Vanessa da Mata, Odair José, e Israel e Rodolffo. Integrantes do Sindicato dos Professores de Brasília (Sinpro-DF) também comemoraram os 40 anos da entidade e ressaltaram a importância de se lutar pela sobrevivência do movimento sindical em uma conjuntura de retrocessos.
Porto Alegre
Manifestantes de várias centrais sindicais iniciaram a concentração para o ato unificado às 15 horas, na região central da cidade.
Curitiba
A luta contra a reforma da Previdência também foi a principal pauta neste 1° de maio em Curitba (PR). O tema veio estampado nas camisas, faixas e adesivos das centenas de participantes do ato, que aconteceu na Vila Torres.
O ato reúne o Cômite Unificado do Paraná em defesa da aposentadoria -- estiveram presentes Pastoral Operária, PT, PCB, PSOL, PSTU, centrais sindicais e movimentos populares, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A atividade começou com a concentração com café da manhã, ato ecumênico e ato político com caminhada até o teatro Paiol, ciranda e o encerramento feito pelas pastorais.
Campina Grande
Em Campina Grande (PB), a Praça da Bandeira foi palco de reivindicações desde o raiar do dia. Centenas de trabalhadores criticaram a PEC da Previdência do governo Bolsonaro e pediram soluções para o problema do desemprego.
Europa
Brasileiros protestaram contra a reforma da Previdência e em favor da liberdade do ex-presidente Lula em dez cidades europeias. As manifestações ocorreram em Estocolmo, na Suécia, em Hamburgo, Berlim, Colônia e Munique, na Alemanha, em Barcelona, na Catalunha, em Lisboa, em Portugal, em Genebra, na Suíça, em Copenhague, na Dinamarca, e em Bruxelas, na Bélgica.
América do Norte
No México e nos Estados Unidos, houve pelo menos duas manifestações de rua com as pautas da conjuntura brasileira neste Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores: na Cidade do México e em Nova Iorque.
Edição: Daniel Giovanaz