AMÉRICA LATINA

Cuba diz que repudia “movimento golpista” que tenta derrubar presidente da Venezuela

Segundo Díaz-Canel, grupo subversivo estaria utilizando tropas com armas de guerra “para criar rebuliço e terror”

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
“Rejeitamos esse movimento golpista que pretende encher de violência o país", afirmou o mandatário cubano
“Rejeitamos esse movimento golpista que pretende encher de violência o país", afirmou o mandatário cubano - Wikicommons

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse nesta terça-feira (30) que está em curso na Venezuela um “movimento golpista que pretende encher [o país] de violência”. A afirmação foi feita após Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino, dar início a uma tentativa de golpe contra o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro. 

“Rejeitamos esse movimento golpista que pretende encher de violência o país. Os traidores que se colocaram à frente deste movimento subversivo utilizaram tropas e policiais com armas de guerra em uma via pública da cidade para criar rebuliço e terror”, escreveu em sua conta no Twitter. 

Díaz-Canel também divulgou uma mensagem do ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, na qual ele informa os venezuelanos sobre a situação do país. 

“Informamos ao povo da Venezuela que, neste momento, estamos enfrentando e desativando um reduzido grupo de soldados traidores que se posicionaram em Distribuidor Altamira para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República”, disse Rodríguez. 

O ministro ainda pediu que os venezuelanos se mantenham “em alerta máximo” para derrotar a tentativa de golpe e preservar a paz”. 

Antes das 6h, Guaidó divulgou em sua conta no Twitter um vídeo em que aparece ao lado do ex-deputado Leopoldo López, condenado à prisão domiciliar por incitação à violência, supostamente liderando um levante militar na Base Aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó aparecia em frente a um pequeno grupo de soldados uniformizados, convocando simpatizantes e a “família militar” a “tomar definitivamente as ruas da Venezuela” e iniciar a “parte final da Operação Liberdade”.

O chefe do Ministério da Defesa, Vladimir Padrino, respondeu rapidamente, também através do Twitter, informando que a Força Armada Nacional Bolivariana “se mantém firme na defesa da Constituição Nacional e suas autoridades legítimas”. Padrino assegurou que todas as unidades militares do país se encontram controladas. 

Padrino também informou que as unidades militares nas oito regiões de Defesa integral do país estão em estado de “normalidade”.

(*) Com informações da Agência Efe e de Opera Mundi

Edição: Aline Carrijo