Uma disputa acirrada marcou as eleições do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB). O resultado saiu no dia 8 de março dando vitória para a chapa intitulada Unidade pela Base, que recebeu 376 votos. A posse da nova diretoria, formada por 24 pessoas, aconteceu dia 24 de março. Para marcar a renovação do Sintect-PB, fomos conversar com o secretário-geral da nova diretoria, Tony Sérgio Rodrigues Cavalcante.
Confira a seguir.
BdF- Quais são as pautas que sua gestão vai priorizar?
Tony Sérgio - No momento as nossas principais pautas serão as lutas nacionais como a da luta em defesa da aposentadoria, logicamente que teremos também as pautas regionais.
Qual o maior desafio para os trabalhadores do Correios hoje?
O maior desafio para nós hoje é a luta contra o sucateamento da empresa, contra a privatização, então nesse sentido a gente precisa organizar uma luta nacional contra esse sucateamento, contra extinção dos cargos, as terceirizações que estão havendo, as demissões da empresa, fechamento de agência, falta de funcionários. São desafios que não são meramente locais, mas são nacionais justamente para privilegiar as empresas privadas, então, neste sentido, o principal desafio nosso é a luta contra a privatização, isso internamente. Externamente, as lutas contra a reforma da previdência e os desafios que estão colocados nesse instante, a MP 873 e o decreto-lei que trata do desconto em folha.
O que significou a vitória da chapa de vocês nesta conjuntura?
A vitória da chapa significa a busca da unidade dos trabalhadores. Neste momento, mesmo a gente ganhando a eleição, antes da eleição, a gente pleiteou a unidade dentro de um debate que está colocado da ascensão da direita no mundo, e principalmente, da ascensão da direita no Brasil e essa direita a gente caracteriza como uma direita fascista, então, a nossa vitória vai nos permitir fazer um trabalho no interior da categoria que busque a unidade no campo da esquerda, no campo dos lutadores e lutadoras, no campo dos progressistas e que permita a gente fazer, em torno das pautas nacionais, uma campanha de luta diária e uma campanha organizada do movimento, em nível nacional, com os trabalhadores, em favor de uma pauta que defenda os interesses dos trabalhadores.
Edição: Heloisa de Sousa