Este sábado (23), na fronteira entre Brasil e Venezuela, foi um dia de expectativa. Desde quinta-feira (21), a passagem entre os dois países está fechada por decisão do presidente Nicolás Maduro por conta das ameaças de ataques contra a soberania de seu país.
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Pela manhã, a cidade brasileira de Pacaraima, recebeu a chegada da comitiva do chanceler brasileiro acompanhada do representante diplomáticos dos Estados Unidos e da enviada por Juan Guaidó. Eles deram declarações sobre a operação de entrega da suposta ajuda humanitária, denunciado pelo governo venezuelano e por parte da comunidade internacional como mais uma etapa do golpe de estado contra Maduro.
Ainda pela manhã, apesar de haver sido prometido um carregamento de 200 toneladas, chegou em Pacaraima, do lado brasileiro da fronteira, a primeira caminhonete venezuelana. Veio da capital do estado de Roraima, Boa Vista, escoltada pela polícia brasileira e trazia uma parte dos produtos anunciados. Mais cedo, o chanceler Ernesto Araújo disse que a chegada dos produtos marcava o início de um processo.
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Após o meio dia, chegou a segunda caminhonete. Ao longo de toda tarde, os dois veículos estiveram na fronteira. Também chegaram em Pacaraima duas ambulâncias que traziam feridos do lado venezuelano. Assim como na sexta-feira, foram os únicos veículos autorizados a cruzar a fronteira desde o seu fechamento.
Ao fim da tarde, houve um primeiro conflito entre os participantes do operativo da chama ajuda humanitária e as duas caminhonetes se encaminharam para o pelotão do exército brasileiro e não voltaram mais.
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Pouco depois, um grupo começou uma provocação mais forte contra os militares venezuelanos. Atiraram pedras e coquetéis molotov. Carros e uma casa militar venezuelana foram incendiados próxima a um posto da PDVSA, o que foi respondido pelos militares venezuelanos com bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o ataque.
Do lado brasileiro, a polícia ordenou que os manifestantes se afastassem da fronteira, ocupada por eles durante todo o dia. Eles retornaram ao centro da cidade da brasileira.
O dia, prometido pelos opositores de Nicolás Maduro como um dia chave, terminou nesta fronteira sem o cruzamento de nenhuma suposta ajuda humanitária.
Edição: Pedro Ribeiro Nogueira