Instalados na Venezuela desde sábado (16), mais de 200 jovens que integram a Brigada Internacionalista Che Guevara visitaram diversas cidades e acompanharam as atividades de movimentos sociais que atuam no país. O grupo, que conta com representantes de mais de 40 países das Américas, da Ásia, da África e da Europa, está na Venezuela para prestar solidariedade à Revolução Bolivariana.
“Assim como a Venezuela é o centro da geopolítica mundial e o centro da definição do futuro das relações internacionais no século 21 para a América Latina e o Caribe, também hoje é o centro do amor, da confiança, do respeito e do apoio solidário e amoroso dos povos do mundo”, afirmou nesta segunda-feira (18) o vice-ministro de Comunicação do Ministério do Poder Popular para Relações Exteriores da Venezuela, William Castillo, durante a recepção da brigada.
Castillo também afirmou que a visita “de representantes, de jovens de diversos países comprometidos com a construção de uma trincheira coletiva frente à política de recolonização” estadunidense é motivo de grande felicidade.
Desde o começo da semana, o grupo iniciou trabalhos político-comunicacionais e voluntários em seis estados do país. “No Distrito Capital, estaremos na escola agroecológica de Caricuao; no município de Sucre, zona metropolitana de Miranda [...], estaremos com as pessoas do movimento de moradores no acampamento Amatina”, afirmou Jorge Villalta, presidente do movimento Otro Beta.
“Integração e solidariedade com os povos”
Rodrigo Suñe, integrante do Levante Popular da Juventude e membro da comitiva brasileira da brigada, afirmou ao Resumen Latinoamericano que é essencial assistir às assembleias para formar uma plataforma de luta contra o capitalismo. “É necessário ir até o povo venezuelano que se encontra em resistência diária”, declarou. Para ele, o objetivo principal da brigada é “construir, por meio da unidade, novos mecanismos de integração e solidariedade com os povos”.
Nos próximos dias, os membros da brigada entrarão em contato com diversos representantes de movimentos sociais e antifascistas, grupos de defesa da terra, movimentos indígenas, entre outros. Os jovens também deverão conhecer a empresa estatal de produção de vidro Venvidrio, além de escolas agroecológicas da capital venezuelana.
Entre os dias 23 e 27 de fevereiro, a brigada participará da Assembleia Internacional dos Povos em Solidariedade com a Revolução Bolivariana e contra o Imperialismo, evento que acontecerá em Caracas e contará com a presença de outras caravanas internacionais.
Em nota, os porta-vozes da Brigada Internacionalista elencam os motivos pelos quais organizaram a viagem à Venezuela.
“A República Bolivariana da Venezuela sofre um golpe de Estado através de uma estratégia de guerra prolongada de quarta geração, com um bloqueio econômico e financeiro que produz desabastecimento de alimentos, medicamentos e outros bens e produtos essenciais; os meios de comunicação e redes sociais de todo o mundo falseiam a realidade sobre a situação do país; o cerco político e diplomático através da ação direta dos EUA, Europa e demais governos servis; a tentativa de golpe institucional por meio da criação de estruturas fictícias e paralelas, como ‘presidentes autoproclamados’; e as tentativas de quebrar a união entre a Força Armada Nacional Bolivariana e o povo venezuelano”, indicam.
(*) Com informações de Resumen Latinoamericano
Edição: Aline Scátola