O Centro de Direitos Humanos Dom Oscar Romero (Cedhor) completa, neste dia 17 de novembro, 15 anos de existência formal, na cidade de Santa Rita, distante 13 km de João Pessoa, está localizada na região metropolitana da capital paraibana.
Inicialmente, o Cedhor foi criado para atender, a partir da assessoria da Fundação Margarida Maria Alves, casos de violência contra as mulheres. Em 2009, o Cedhor passou a integrar vários conselhos, em nível municipal e estadual, na área de direitos humanos, crianças, mulheres e comitê de combate à tortura. “Inicialmente o foco era nas mulheres, depois ampliamos para os direitos humanos como um todo e começamos a identificar o extermínio da juventude negra como um problema a ser enfrentado aqui”, explicou Suellyton de Lima, que é advogado da instituição.
Odete Ricardo, coordenadora do Cedhor, fala da importância do centro, “na verdade, o Cedhor existe há 18 anos, mas de registro formal são 15 anos. Começamos a atuar aqui por conta da necessidade de enfrentar os altos índices de violência contra mulheres, idosos e crianças”, relata.
A cidade de Santa Rita abrigou os primeiros engenhos de cana-de-açúcar da Paraíba e carrega fortemente a marca das desigualdades sociais na atualidade. “Os altos índices de violência contra mulheres, idoso, crianças e adolescentes ainda persistem e por isso fazemos um trabalho de atendimento à população. Promovemos e defendemos os direitos humanos, também fazemos um trabalho de articulação política”, diz Suellyton de Lima.
Além desses trabalhos desenvolvidos, a instituição ainda executa o Projeto Legal, que atende as crianças e adolescentes do bairro de Marcos Moura e ajudou a constituir a Cooperativa de Catadores e Catadoras do bairro de Marcos Moura, a Coreem. Esses projetos recebem apoio de vários grupos da Itália e são coordenados respectivamente pelo Padre Xavier e Irmão Chico.
O Cedhor funciona atendendo diretamente as pessoas que procurem sua sede, cedida pelos padres cambonianos, a partir dos serviços profissional, da área social e jurídico. “Dispomos de advogado, assistente social, pedagoga e educadora para atender as demandas que chegam aqui. Na promoção dos direitos humanos, trabalhamos com oficinas e atividades formativas com jovens e lideranças das comunidades e realizando palestras nas escolas, e em unidades de saúde”, completou a coordenadora.
Neste período de existência, o Cedhor atendeu cerca de 3.000 pessoas, além desse trabalho de assistência a vítimas de violência, a instituição realiza mediação de conflitos. O atendimento do Cedhor funciona na rua Jorn. Roberto Marinho, 530, bairro de Tibiri II, no município de Santa Rita, de segunda a sexta, de 8 às 14h.
Edição: Cida Alves