Virada

Gente na rua contra as mentiras virtuais de Bolsonaro pode decidir eleição

Para o cientista política Fernando Fonseca, trabalho da militância contribuiu para ascensão de Haddad na reta final

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Ao longo do segundo turno, mobilização espontânea contra Bolsonaro tomou as ruas
Ao longo do segundo turno, mobilização espontânea contra Bolsonaro tomou as ruas - Foto: Ricardo Stuckert

Do mesmo modo que a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) mobilizou uma onda de apoio na reta final do primeiro turno, o cientista político Fernando Fonseca acredita que uma nova onda está em movimento, desta vez a favor da candidatura de Fernando Haddad (PT), e pode definir o resultado das eleições.

A diferença entre os dois momentos é que, no caso de Haddad, há forte atuação de militantes e apoiadores que foram às ruas para dialogar e desmentir as fake news disparadas por mensagens de WhatsApp com o dinheiro de caixa dois.

“As empresas deram dinheiro para espalhar mentiras e aumentar os votos em Bolsonaro. Foi uma onda ilegal. Agora, a onda pró-Haddad é a de esclarecimento da verdade”, disse o cientista político à rádio Brasil de Fato.

Segundo Fonseca, as mentiras espalhadas pelo time de Bolsonaro foram um ataque à democracia. Quando o esquema foi desmascarado, os eleitores do candidato de extrema direita ficaram constrangidos e uma parte significativa pode mudar o voto.

“De 10% a 15% dos eleitores do Bolsonaro estão se tocando. Está caindo a ficha que é uma candidatura anti-trabalhador”, disse.

Fonseca ainda lembrou que o sábado é um dia crucial para a campanha porque o eleitorado ainda está indeciso. Muitos não têm ainda consciência que apoiadores do Bolsonaro foram responsáveis por mais de cem ataques contra negros, mulheres e gays em todo o país.

Edição: Diego Sartorato