Apresentamos o boletim semanal Ponto, projeto em parceria com o Brasil de Fato. Nossa intenção é trazer a você um resumo das principais notícias da semana, que muitas vezes se perdem em meio ao caos de informações, além de análises, indicações de leituras e outros conteúdos que, na correria do dia a dia, você não conseguiu acompanhar. Assim, você receberá todas as sextas, em seu e-mail, um guia de informações para que você não se perca nesta crise - política, econômica, social e informativa.
Para assinar, preencha o formulário aqui: http://bit.ly/AssinePonto
E lembre-se de colocar nosso email [email protected] no cadastro de endereços para que o Ponto não caia na caixa de spam.
Reproduzimos abaixo a última edição do Ponto, divulgada em 31 de agosto de 2018.
19 de Outubro de 2018
Olá!
Como já havíamos mencionado várias vezes na newsletter semanal, a onda pró-Bolsonaro na reta final do primeiro turno tinha algo por trás. E algo grande, como revelou a repórter Patrícia Campos Mello na edição desta quinta (18) da Folha de S. Paulo. O Ponto desta semana traz as principais informações sobre o escândalo que foi batizado nas redes sociais de Operação Lava Zap, Bolsolão e Caixa 2 do Bolsonaro. Também trazemos alguns dados interessantes do último DataFolha, os desafios de Haddad e as movimentações de um eventual governo Bolsonaro, que já se disse com uma mão na faixa. Atenção também para bons textos no Boa Leitura, que ajudam a entender o fenômeno das fake news na era digital.
A eleição das fake news e a omissão do TSE. Nas duas últimas edições, trouxemos pistas de como a campanha de Bolsonaro, auxiliada por empresas e igrejas evangélicas, provocou uma onda favorável no submundo das redes sociais, em especial o WhatsApp. Nesta quinta,a Folha publicou a reportagem mais importante até agora: empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. "A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada", diz o jornal, que apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a empresa Havan. A Folha não trouxe novidades na edição desta sexta, mas no jornal O Globo, por exemplo, é publicada a informação de que uma agência ofereceu disparo de mensagens ilegal ao PSDB. O próprio WhatsApp anunciou que está investigando o caso. Um dado interessante: o Jornal Nacional da noite desta quinta tratou do assunto como outro qualquer. O editorial do Estadão desta sexta qualificou a denúncia como "desespero".
O TSE chamou uma entrevista coletiva para a tarde desta sexta, com a curiosa presença do general Sérgio Etchegoyen. O tribunal vem sendo criticado por basicamente não saber lidar com o fenômeno das fake news na era digital. Só na reta final da campanha passou a determinar a retirada de notícias falsas contra Manuela e Haddad. Antes da reportagem da Folha, o MP anunciou que estava investigando "um esquema profissional utilizado pelas campanhas para a propagação de fake news", mas o próprio procurador eleitoral chegou a minimizar o tamanho do problema. Sempre lembrando que o então presidente do TSE, Luiz Fux, chegou a dizer em junho que a eleição poderia ser até cancelada se o resultado fosse decorrência da difusão massiva de fake news. Resta saber se o TSE tomará alguma atitude ou continuará perdido nas próprias bravatas.
A campanha de Haddad pediu a inegibilidade do adversário. O PT já havia entrado com ação pedindo a inegibilidade, pelos outdoors espalhados pelo país por apoiadores. Já o PDT prepara uma ação para pedir nulidade das eleições. Por fim, o PSOL entrou com uma representação pedindo que o TSE determine que o WhatsApp providencie em até 72 horas mecanismo que restrinja o serviço do aplicativo. A campanha pode ser acusada de abuso de poder econômico, abuso do uso de meios de comunicação e omissão de doações de campanha, o que poderia levar à impugnação da chapa, mesmo que Bolsonaro não soubesse da ação de empresários a seu favor. Um especialista em Direito Eleitoral consultado pelo Brasil de Fato afirma que todas as exigências da impugnação da chapa estão preenchidas, mas a falta de tempo indica que a chapa seja contestada após as eleições.
O caso terá muitos desdobramentos. A ong norte-americana Avaaz está anunciando uma premiação em dinheiro para quem levantar informações que levem à condenação dos presidenciáveis por comandar operações de fake news. Uma página em inglês está anunciando investigação sobre robôs e números estrangeiros usados no esquema.
Vale lembrar, também, que o Facebook andou enviando mensagens a milhões de usuáriosque tiveram suas contas invadidas. Por fim, convém também lembrar que a campanha de Haddad recebeu uma denúncia do porte de um Watergate: o general da reserva Sérgio Etchegoyen teria colocado a ABIN para monitorar o comitê de campanha petista para municiar a campanha adversária. São casos que não têm relação direta com o escândalo do Lava Zap, mas precisam ser acompanhados.
Em tempo: um levantamento feito em centenas de grupos de WhatsApp entre 16 de agosto e 7 de outubro apontou que, de 50 imagens compartilhadas na rede de mensagens, 56% eram enganosas.
Mar revolto. O Datafolha divulgado nesta quinta (18) mantém o cenário desfavorável para Haddad, que segue a uma distância considerável de Bolsonaro. Da pesquisa, é interessante observar que a maioria dos entrevistados disse achar os debates importantes, mas só 23% admitem que mudariam o voto por causa disso. Mesmo liberado pelos médicos, Bolsonaro disse que não vai aos debates. Outro dado interessante é que os evangélicos veem o candidato do PSL como autoritário e por isso votam nele. Importante destacar que a pesquisa praticamente não pegou o impacto da denúncia da Folha.
Vale ler a análise dos diretores do DataFolha. Mauro Paulino e Alessandro Janoni afirmam que só uma turbulência grande afetaria a estabilidade de Bolsonaro, que conta com 90% de cristalização do voto. Haddad tem o espaço de atuação diminuído. "A desconstrução do adversário em estratos de grande peso quantitativo na composição do eleitorado, como os setores intermediários da classe média, poderia ser uma saída", afirmam. Os segmentos economicamente ativos, de escolaridade média e superior, mas que ganham salários baixos e não alcançam os níveis mais altos de acesso a itens de conforto, teriam passado por por um processo de aburguesamento de valores em que o autoritarismo de Bolsonaro promete trazer ordem.
Haddad tenta se apresentar para além do PT, como representante de uma frente ampla e democrática. Esse era o plano, que incluía diminuir a proximidade com Lula, tirar abacaxis como a Assembleia Constituinte do programa de governo, sinalizar para Ciro e FHC eincorporar ações na área da segurança. Na vida real, como se não bastasse a incansável artilharia de fake news do inimigo, aumentando os índices de rejeição de Haddad, o que não faltou foi fogo amigo nesta semana e vindo justamente da principal base eleitoral do petista,o nordeste. Como se não bastasse, mal acabou o primeiro turno e o que o PDT e a família Gomes estão pensando mesmo é em 2022. Antes mesmo do escândalo do Whatsapp, a coordenação de campanha já havia decidido mudar o rumo: para virar, tem que ser nas ruas. Novos atos devem ser realizados neste sábado (20) em todo o Brasil.
RADAR
O teu futuro é duvidoso. Nesta semana, Bolsonaro disse que já está com a faixa presidencial na mão. O mercado também acha e está comemorando, como demonstram os índices da bolsa e do dólar. E a imprensa intensificou a publicação de informações sobre o que seria um futuro governo do PSL. Na prática, o programa de governo é cheio de furos e incógnitas. No caso do programa econômico, sabe-se que criaria um super ministério entregue para Paulo Guedes, que promete privatizar e reduzir a renúncia fiscal, além de aumentar cortes, sem dizer quais. Porém, investidores mais experientes seguem desconfiados e temerosos tanto das ideias extravagantes, quanto da viabilidade política delas. Na prática, o sistema financeiro quer garantias de privatizações e da reforma da previdência, como demonstra o temor de Rodrigo Almeida no site Poder 360. O Valor também cutuca que os militares também têm que entrar na ciranda da Reforma da Previdência. Para o historiador João Márcio Mendes Pereira, Bolsonaro só é confiável para o mercado se terceirizar as decisões. O historiador prevê uma redução brutal do salário mínimo e de outros direitos, além de uma sucateação das áreas da saúde e educação.
O teu futuro é duvidoso (2). Enquanto o mercado comemora o "já ganhou", o setor industrial não parece tão empolgado. Na verdade, a cada declaração de Bolso sobre a política externa, os empresários do setor tremem. O presidente da Vale criticou a posição do candidato sobre a China, enquanto os exportadores de carne temem que a posição pró-Israel feche o mercado muçulmano. A ideia de escancarar de vez o comércio nacional para importações também assustou quem concorre aqui e também exporta.
O teu futuro é duvidoso (3). Na vida política, o El País alerta que ele precisará dar uma resposta rápida a apoiadores, e temas como Estatuto do Desarmamento e Escola Sem Partido estariam na mira. Vale lembrar que o militar que assessora o candidato na área de educação defendeu nesta semana o ensino do criacionismo nas escolas. Para o professor de Filosofia Marcos Nobre, até agora Bolsonaro apostou no colapso das instituições e depende que elas continuem em estado de devastação social para ter algum sucesso. Na presidência, o candidato do PSL curtiria seis meses de lua de mel com o Congresso, o que também é uma aposta do sempre atento ao soprar dos ventos Renan Calheiros. Além disso, posições como não respeitar a lista tríplice da PGR e nomear mais ministros para o STF já acenderam a luz amarela da turma do MPF, que ajudou a parir o monstro.
Cacos. Do que sobrou do PSDB depois da eleição e dos partidos de direita que se apresentavam como centrão, pode surgir uma nova legenda partidária de centro-direita. É o que sugere o Estadão. Os tucanos estariam em conversas com PPS, DEM e PSD. Também poderiam fazer de um bloco, não necessariamente de um novo partido, o também devastado MDB e PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade. Primeira palavra de ordem: a reeleição de Rodrigo Maia na presidência da Câmara.
RETROCESSO DIÁRIO
Ustra. O TJ-SP decidiu na quarta (17) que a família do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015) não terá que pagar indenização à família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, que foi torturado e morto no DOI-Codi, chefiado por Ustra, em 1971, quando tinha 22 anos.Relato do jornal El País mostra que os juízes ignoraram documentos da Comissão da Verdade e levaram em conta relatórios oficiais da ditadura já considerados forjados pela Comissão, além de se referirem a Ustra como "suposto torturador" e à ditadura como "suposta ditadura". A viúva de Merlino, Ângela Mendes de Almeida, considera que o momento político ajudou a criar o clima para a decisão dos magistrados.
Grades. O Brasil terá 1,4 milhões de presos em 2025, o correspondente a população da região metropolitana de Porto Alegre. A estimativa é do ministro Raul Jungmann, que prevê um crescimento de 8,3% na população carcerária nos próximos anos. Os custos com a manutenção e a construção de novas penitenciárias estariam em torno de 60 e 80 bilhões de reais.
VOCÊ VIU?
AI-5? Temer criou uma "força-tarefa de inteligência" para enfrentar "organizações criminosas que afrontam o Estado brasileiro e as suas instituições". Para o pesquisador Sérgio Amadeu, pode ser um novo AI-5, bastando para isso definir que movimentos sociais são organizações criminosas.
Bolsa-lazer. O deputado Eduardo Bolsonaro usou a sua cota parlamentar para viagens destinada exclusivamente para "interesse público" para "desestressar" numa sessão de tiros em Florianópolis. Eleito por SP, inúmeras viagens do mandato foram para SC e o RS, onde mora sua namorada. Trinta e quatro passagens da cota foram para estes destinos.
Campeão. Eis que Temer é indiciado novamente pela PF. A investigação sobre pagamento de propina em troca de uma medida provisória que beneficiaria operadora de portos resultou no indiciamento de Temer e de outras dez pessoas, incluindo sua filha, Maristela Temer, seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures e amigos. A PF também pediu a prisão do Coronel Lima, provável laranja para as operações de Temer. Agora cabe ao MPF fazer a denúncia. No mesmo inquérito, a PF indicou que um assessor de Raquel Dodge fez contatos com o homem da mala de Temer.
Turbinado. Lembra do fundo de investimento, ops, do movimento cívico encabeçado por empresários como Armínio Fraga e Luciano Huck, o Renova Brasil? Depois de lançar 120 candidatos preparados em cursos de formação pelo movimento, 1 senador e 9 deputados federais foram eleitos, além de seis deputados estaduais. Do total, 8 são filiados ao Novo, 3 à Rede, 1 ao PDT, 1 ao PPS, 1 ao PSL, 1 ao PSB e 1 ao DEM. Ao todo, integrantes do RenovaBR receberam mais de 4.5 milhões de votos.
Fechada com Bolsonaro. O site The Intercept revelou os bastidores do apoio do portal R7, do grupo Record, à candidatura do deputado do PSL. Em retaliação, o portal publicou um texto, que não pode ser chamado de reportagem, acusando o jornalista Glenn Greenwald, cara mais conhecida da publicação. Ao mesmo tempo, a chefe de redação do Jornal da Record pediu demissão nesta quinta-feira (18)
É BOATO
Kit fake. O TSE determinou a retirada do ar de todas as páginas e postagens em redes sociais que tratem do "kit gay", a principal fake news difundida contra Haddad. A decisão atende um pedido da defesa petista. A inexistência do tal kit já foi comprovada inúmeras vezes. O El País listou cinco fake news contra Haddad que circularam massivamente ao longo da campanha.
BOA LEITURA
O papel da imprensa. Antes do TSE, outra instituição que mostrou estar aquém do momento político foi a grande imprensa. O principal motivo: normalizar as falas preconceituosas e criminosas de Bolsonaro e não tratá-lo pelo quê ele é. “Quando a imprensa diminui o tom violento dessas falas e as classifica como 'polêmicas', termina vendendo como outra coisa as atitudes frequentemente criminosas de um homem público”,escreve a jornalista Fabiana Moraes. "A história mostra que os jornalistas precisam se precaver contra a normalização do comportamento extraordinário", disse o editor da principal publicação norte-americana sobre mídia. Dentro da mesma discussão, a ombudsman da Folha criticou o jornal por não qualificar Bolsonaro como extrema-direita, como fazem todos os grandes jornais internacionais.
Táticas de guerra. Antes da reportagem que revelou o esquema industrial de distribuição de boatos via WhatsApp, já haviam boas análises indicando que a campanha de Bolsonaro parecia amadora e descoordenada, mas na verdade "métodos e procedimentos bastante avançados de estratégias militares", como disse o antropólogo Piero Leirner, da UFSCar. Sobre o assunto, já havíamos indicado aqui no Ponto um texto sobre a tática da mangueira de incêndio, ou seja, a profusão ininterrupta de mentiras para desnortear os adversários. Para entender como funciona essa tática, vale ver este vídeo que explica como Putin e Trump mentem deslavadamente, sem se preocupar com uma mínima relação com a realidade. Além de um exercício de poder, de poder dizer a sua verdade, trata-se de um esfacelamento da própria ideia de verdade. Por fim, este texto no jornal El País dá um amplo panorama sobre a propaganda em rede da candidatura.
Nova velha desinformação. "Em 2018, às vésperas das eleições presidenciais no Brasil, o caos norte-americano ganha contornos de profecia. A desconfiança em relação à imprensa corporativa (causada, entre outras coisas, por recorrentes abusos em eleições passadas) ajuda a viabilizar, na figura de Bolsonaro, a primeira candidatura presidencial abertamente fascista após a redemocratização", escreve o pesquisador Tiago Soares no Le Monde Diplomatique.
Leituras sobre o WhatsApp. Reportagem da revista Piauí deu vida ao eleitor bombardeado pelas mensagens de WhatsApp, que praticamente criam uma outra realidade para o público descrente da imprensa. "Achava que ele era homofóbico, nazista, racista, taxista, frentista, tudo que é ista. Mas depois entendi que isso era só o que a mídia falava".
Uma campanha nem tão espontânea. No começo de 2017, Bolsonaro apresentou dois projetos de lei, ainda não aprovados na Câmara, que destoam da sua atividade parlamentar e que dão pistas muito interessantes sobre o que seria a campanha. Um deles diz que só juízes do STF podem derrubar aplicativos e redes sociais no Brasil, começando pelo WhatsApp. O outro impede as operadoras de oferecer planos de internet com dados limitados, o que impactaria usuários de aplicativos. Entenda um pouco mais sobre a importância do WhatsApp nesta reportagem da revista Vice.
Ameaça. Para Aviv Ovadya, as fake news são apenas a ponta do iceberg. Nesta entrevista ao El País, o pesquisador alerta para o poder de robôs e mecanismos de inteligência artificial manipularem as discussões políticas através das redes sociais. "À medida que nosso ecossistema de informação se deteriora, nem a democracia nem a civilização conseguem funcionar", afirma.
Crise. Mais do que a corrupção e a segurança, pode ter sido a crise econômica a alavanca da candidatura Bolsonaro, considera o economista Claudio Ferraz. Ele cruzou os índices de desemprego com a votação do deputado e conclui que a indignação com o desemprego, a baixa renda combinado com o discurso anticorrupção produziu o fenômeno.
Vazio. Autora do livro "Jesus te ama", a jornalista franco-marroquina Lamia Oualalou demonstra que os evangélicos cresceram no espaço abandonado pela igreja católica e pela esquerda entre os mais pobres. "Como a esquerda brasileira abandonou as populações pobres, esta população foi cada vez mais para a direita. Além disso, a campanha se articulou em torno do WhatsApp, detalhe que o PT também não entendeu."
Quem são. Estudiosa do crescimento de Bolsonaro nas periferias, Rosana Pinheiro Machado apresenta os três perfis de eleitores do deputado: os ricos, os pobres e o precariado. Para a pesquisadora, não existe fascismo a priori, mas subjetividade mobilizada pelo projeto autoritário.
De barro. No Brasil de Fato, Ronaldo Pagotto discute uma a uma as ideias que formaram a imagem de "mito" para mostrar que elas não se sustentam em pé por muito tempo. Além de falsas, muitas delas se apoiam em antigas táticas como a ameaça anticomunista e a defesa da pátria e de Deus, além de tratar superficialmente questões chave como a segurança pública.
Resisto. Autor de "Meninos sem pátria", censurado por um colégio católico do Rio, Luiz Puntel fala sobre a inspiração do enredo do livro, do Escola sem partido, da pressão pública conservadora e de como sua obra é testemunha da existência de uma ditadura no Brasil "ao contrário do que diz o Toffoli".
Obrigado por nos acompanhar até aqui. Voltamos na próxima semana! Não esqueça de recomendar aos amigos, encaminhando este e-mail ou sugerindo a inscrição na newsletter.
Edição: Diego Sartorato