O Museu Nacional, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, foi atingido por um incêndio de grandes proporções na noite do último domingo (2). A instituição federal, que é gerida pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), era o museu mais antigo do país e contava com o maior acervo de história natural e arqueológica da América Latina.
Desde 2016, o orçamento sofreu uma série de cortes e caiu de R$ 415 mil para R$ 54 mil neste ano, o que acarretou, inclusive, no fechamento da visitação à unidade por conta da ausência de funcionários da limpeza. O prédio estava afetado por cupins e com diversos problemas na parte elétrica.
Para Maria Cristina Bruno, ex-diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Universidade de São Paulo) e professora da universidade, o corte nos repasses, aliado à aprovação da PEC 95, que limitou o teto de gastos do governo federal, foram vitais para a redução do orçamento do Museu.
“Isso afetou diretamente, e em especial, o Museu Nacional, porque tinha uma expectativa que isso não lhe atingisse, mas atingiu concretamente. Ele teve uma diminuição orçamentária -- que agora está nos jornais, mas nós já sabíamos -- de forma inacreditável. Há pouco tempo ele teve que fechar em algumas oportunidades por falta de contratação do pessoal de limpeza, por exemplo”, disse a professora.
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Edição: Diego Sartorato