Jornada de Lutas

MST ocupa fazendas e sede do Incra na Paraíba

Cerca de 500 famílias de acampamentos e assentamentos do estado participam do ato

São Paulo |

Ouça o áudio:

Trabalhadores rurais da Paraíba ocuparam duas fazendas e a sede do Incra; atos fazem parte da jornada de lutas
Trabalhadores rurais da Paraíba ocuparam duas fazendas e a sede do Incra; atos fazem parte da jornada de lutas - MST-PB

 

Na noite dessa segunda-feira (23), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da Paraíba deu início a Jornada Nacional de Lutas por terra, reforma agrária e por justiça, que segue até o dia 27.

Aproximadamente 150 famílias de trabalhadores rurais sem terra reocuparam duas fazendas que pertence ao senador Zé Maranhão (MDB-PD) e ao deputado federal Benjamin Maranhão (Solidariedade-PB).

A propriedade já havia sido ocupada na Jornada de Lutas em abril, entretanto, sofreu reintegração de posse e as 200 pessoas que lutavam por um pedaço de chão foram despejadas.

"As fazendas Volta e Carnaúbas, juntas, somam mais de três mil hectares de terras improdutivas, não geram emprego e que não cumprem nenhuma função social.  São áreas que historicamente estão marcadas pelas exploração do trabalhador rural. São políticos que participaram do golpe contra a presidente Dilma", disse Paulo Sérgio, da direção do MST-PB.

Incra

Também na madrugada desta segunda, cerca de 500 famílias de acampamentos e assentamentos do estado ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em João Pessoa.

A proposta da Jornada de Lutas, que já teve início em vários outros estados, é ressaltar a defesa da reforma agrária popular e questionar a forma como a Justiça tem conduzido o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, insistindo em uma condenação sem apresentar provas e impedindo que ele se candidate nas eleições de outubro deste ano.

Lula lidera todas as pesquisas de opinião na corrida pela Presidência da República.

Na manhã, desta terça-feira (24), acontece uma grande marcha de trabalhadores sem terra até a sede do Incra para apoiar a ocupação.

Edição: Tayguara Ribeiro