O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, realiza uma marcha, nesta segunda-feira (23), no Ceará, em defesa da democracia e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manifestação tem ponto de partida na cidade de Caucaia e o destino é a capital do estado, Fortaleza.
Estão previstos diversos atos políticos ao longo do dia para reafirmar o apoio a candidatura de Lula a presidência do Brasil, no pleito de outubro deste ano, e para aumentar o diálogo com a população da região metropolitana, local no qual se concentram o maior número de trabalhadores e o maior número de desempregados cearenses.
Para falar sobre isso, a Rádio Brasil de Fato entrevistou Pedro Neto, dirigente nacional do MST.
Confira trechos da entrevista:
Brasil de Fato - Qual vai ser o trajeto da Marcha?
O MST, junto com outras organizações e com a Frente Brasil Popular, organizou essa marcha pela democracia. A marcha começou por volta de 6h, saímos de Caucaia, em direção a capital cearense. É uma marcha que tem como objetivo dialogar com o público, principalmente, da região metropolitana de Fortaleza. Caravanas estão chegando de várias partes do Ceará. A Marcha denunciará algumas questões relativas aos órgãos públicos e permanecerá até a noite desta segunda-feira.
Quais as ações que estão sendo promovidas para ampliar esse diálogo com a população?
Estamos com companheiros e companheiras dialogando com a população, aqui em alguns municípios, principalmente, na região metropolitana de Fortaleza, local no qual se concentra o maior número de trabalhadores e também de desempregados. Esses dias têm ocorrido muitas atividades de denúncia do golpe, contando que o que está acontecendo no país é uma prisão política (caso do ex-presidente Lula) e que, com certeza, só sairemos desta situação com o povo na rua. E o Congresso do Povo, que nós estamos fazendo nessas regiões, já é fruto desse trabalho também de dialogar com a população. População esta que, muitas vezes, é conduzida pela grande mídia a serviço do capital. Quando a gente começa a dialogar e coloca o que está acontecendo com o presidente (ex-presidente Lula) é fruto dessa situação do capital, então, é um momento muito importante para nós. Já estamos também nos preparando para nossa grande marcha nacional. Iremos a Brasília dia 15 de agosto para juntos, com todos os trabalhadores do Brasil, registrar a candidatura do companheiro Lula.
Como está sendo a resposta da população, o que você tem sentido?
Ao longo de todo esse trabalho o que a gente tem ouvido é um povo com esperança de uma saída democrática, uma saída com a eleição do presidente Lula. O que as pessoas têm dito é ‘nós não podemos aceitar que o presidente Lula não seja candidato porque ele representa os anseios de muitos de nós’. E quando a gente coloca que para o Lula ser candidato só o povo na rua é que vai conseguir isso, o Lula Livre, as pessoas estão se motivando. Essa marcha já é fruto disso.
Edição: Tayguara Ribeiro