O ex-ministro José Dirceu anunciou, nesta quinta-feira (28), o lançamento do primeiro volume de sua autobiografia, "Memórias", escrito durante os anos em que cumpriu pena nos regimes fechado e semiaberto pelas condenações na Ação Penal 470, a partir de 2013, e por denúncias da Força Tarefa da Operação Lava Jato, desde 2017.
"Estou lançando minhas memórias, que escrevi durante os anos de prisão injusta", diz o ex-ministro em vídeo divulgado nas redes sociais para promover o livro. Na sexta-feira (29), a pré-venda da obra já figurava em primeiro lugar na versão brasileira do site de comércio digital Amazon.
"Relembro e rememoro nossas lutas, parte de nossas vidas, da construção do PT, da luta contra a ditadura, das diretas, do impeachment, e relembro também meus anos em Cuba, meus anos na clandestinidade, e toda a luta que fizemos para levar Lula à Presidência", prossegue Dirceu.
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Dirceu afirma que o livro cobre suas memórias até 2006, ano em que teve o mandato de deputado federal cassado pela Câmara, na esteira das denúncias do chamado "mensalão" --o período posterior será coberto no segundo volume das "Memórias", que o ex-ministro promete começar a escrever.
O ex-ministro fez questão de frisar ainda que publica o livro em homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, assim como Dirceu, hoje enfrenta uma prisão que considera fruto de perseguição política.
"Minhas memórias também são uma homenagem a Lula, preso injustamente, condenado em um processo sumário, político, de exceção, mas que tem o apoio do povo brasileiro, que o quer como presidente. Este livro, espero que todos vocês leiam, divulguem, me apoiem e me ajudem. Porque é uma forma de me defender, de defender o legado de Lula, o legado do PT, e principalmente o legado dos democratas", conclui.
Assista à mensagem de Dirceu à militância de esquerda:
Edição: Diego Sartorato