Na tarde desta terça-feira (17), cerca de 400 trabalhadores marcharam pelas ruas de Brasília rumo à sede do Supremo tribunal Federal (STF), na Praça dos Três poderes.
O objetivo é protestar contra a seletividade do Poder Judiciário e a impunidade que marca os crimes contra a população camponesa. A violência no meio rural é uma das grandes preocupações dos segmentos populares. No ano passado, foram registrados 70 assassinatos no campo, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). É o maior número desde o ano de 2003 e representa um aumento de 15% em relação a 2016.
O protesto dos trabalhadores nesta terça-feira em frente ao STF é também uma das atividades do Acampamento Lula livre, montado há oito dias na capital federal para simbolizar e concentrar a luta do campo unitário e progressista em prol da libertação do ex-presidente e contra o avanço conservador.
Os manifestantes destacam a preocupação com a perseguição política ao ex-presidente. Para o campo popular, o governo do petista é diretamente associado a políticas públicas de inclusão social, educação e transferência de renda. Por conta disso, ele seria vítima de uma ofensiva midiática e judicial.
Depois do protesto no STF, os manifestantes devem retornar ao acampamento. De acordo com a organização, a ideia é que o espaço continue concentrando militantes, lideranças e convidados, que devem seguir programando novas atividades para o campo popular na capital federal.
Confira as informações no boletim de Cristiane Sampaio
Edição: Katarine Flor