Serra Talhada, no Sertão do Pajeú de Pernambuco receberá, nos dias 16 e 17, o Encontro Estadual de Agroecologia, que reunirá representantes de movimentos e organizações populares das lutas de mulheres, juventude, comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, pesca artesanal e da academia. A atividade será realizada na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST/ UFRPE), e é uma realização das organizações que integram a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) em Pernambuco. É também momento preparatório do IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), a ser realizado no final de maio, em Belo Horizonte (MG).
“Um dos instrumentos de nossa luta de resistência é nos encontrarmos. A realização de um encontro neste contexto é estratégico, e vai nos ajudar a entender melhor a situação e combinar nossa atuação, intervenção e resistência. Uma outra expectativa é que a gente consiga chegar no IV ENA com a clareza de como a agroecologia está sendo construída nos territórios, que desafios tem enfrentado e como tem superado, e quais os problemas mais recentes que tem impedido seu avanço”, explica Giovanne Xenofonte, coordenador do CAATINGA, um dos organizadores.
Na programação estão previstas discussão sobre: Comunicação e democracia; Água: Acesso, Conservação e democracia; Juventudes; Mulheres: Sem feminismos não há agroecologia; Terra e Territórios e Direito à Cidade.
O encontro pretende também construir instalações pedagógicas traçando um retrato sobre as resistências e desafios de três regiões de Pernambuco, o Sertão do Araripe, o Sertão do Pajeú e a Zona da Mata Sul. Essa construção será apresentada em Belo Horizonte, durante o IV ENA. Também será realizado um debate sobre os avanços e desafios em diálogo com a Agroecologia.
O evento contará com apresentações culturais, abertas ao público na noite do dia 16, com apresentações de grupos, dança e uma feira com expressões agroecológicas.
Edição: Catarina de Angola