Rio de Janeiro

AGRICULTURA

Encontro Nacional de Agroecologia promete reunir duas mil pessoas em Minas Gerais

Encontro reunirá envolvidos na construção da agroecologia em contraponto ao modelo de desenvolvimento industrial vigente

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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O Encontro Estadual de Agroecologia ocorreu no Quilombo do Campinho, em Paraty (RJ)
O Encontro Estadual de Agroecologia ocorreu no Quilombo do Campinho, em Paraty (RJ) - Eduardo Napoli

Com o lema  ‘Agroecologia e Democracia Unindo Campo e Cidade’, o quarto Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), promete reunir cerca de duas mil pessoas de todos os estados do Brasil, na cidade de Belo Horizonte (MG), entre maio e junho deste ano. Enquanto o evento não chega, os estados aprontam os preparativos finais para o Encontro. 

No Rio de Janeiro, em outubro do ano passado, ocorreu o quarto Encontro de Agroecologia do estado, em Parati, já com o intuito de incentivar os debates políticos que irão permear o Encontro Nacional. Generosa de Oliveira é da coordenação da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro, ela conta que a atividade de Parati reuniu cerca de 420 pessoas e que o espaço contribuiu para amadurecer as discussões que irão ocorrer em Belo Horizonte. 

“Discutimos as questões graves ambientais e sociais dos conflitos, mas também  tivemos uma feira de socialização de produtos, fizemos uma oficina de socialização de experiência que vai desde as experiências educacionais, agroecológica, das mulheres, da juventude e tiramos uma carta política que foi todo um processo de discussão nos últimos três anos do ENA passado para este”, afirma. 

Para Oliveira, o Encontro Nacional de Agroecologia será um local importante para divulgar as experiências de agroecologia urbana que ocorrem nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. 

“Queremos valorizar essas experiências de agricultura urbana e agroecologia que existem nas capitais, esperamos dialogar com a sociedade, por isso será feito na praça, ao ar livre, atividades em que a sociedade possa estar dialogando com as experiências de agroecologia que existem pelo Brasil a fora”, ressalta. 

A expectativa é que 70% dos participantes do ENA sejam agricultores e agricultoras familiares, camponeses e camponesas, povos indígenas, comunidades quilombolas, pescadores e pescadoras, outros povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e coletivos da agricultura urbana diretamente envolvidos na construção da agroecologia em contraposição ao modelo de desenvolvimento industrial vigente. 

 

Edição: Raquel Júnia