Começou na última segunda-feira (16), a Jornada Nacional de Luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No Brasil, muitas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se encontram se ocupadas. Em Pernambuco, estão ocupadas Superintendência Regional do Incra de Recife e Petrolina. A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Luta do movimento marcando o Dia Mundial da Alimentação Saudável e Soberania Alimentar, comemorado ontem (16).
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Em Recife, a ocupação conta com cerca de 1.500 pessoas de 30 regionais do MST no estado. Em Petrolina, no Sertão do São Francisco, são mais de 500 famílias sem-terra de vários municípios da região, que ocupam a sede do Incra. .
A Jornada é também para denunciar os cortes no orçamento previsto para o ano de 2018 para a Reforma Agrária e para a Agricultura Familiar e camponesa, bem como do avanço do agronegócio e extermínio das populações do campo brasileiro. Pernambuco é um estado de grandes conflitos envolvendo as populações do campo, de massacres histórico como o de Camarazal, em Nazaré da Mata.
A luta também é para que o estado priorize as áreas de maiores conflitos ou que já estão em processo de desapropriação como a Fazenda Lagoa da Vaca, em Manari, a Fazenda Milano, em Santa Maria da Boa Vista, a Pontal Sul, em Petrolina, a Usina Maravilha, em Goiana, imóveis da agropecuária SUPRANOR, em Sertânia, a Fazenda Santa Ana e Cachoeira Dantas, em Águas Belas, o Engenho São Francisco, em Vitória de Santo Antão, a Fazenda Camaragibe, em São Joaquim do Monte, dentre outras.
Segundo o MST em Pernambuco, não há previsão para as famílias desocuparem as duas sedes do Incra e que outras ações devem acontecer durante a semana dentro da programação da Jornada de Lutas. Segundo Jaime Amorim, da Direção Nacional do MST, a jornada pauta questões específicas do estado, mas pauta principalmente os cortes no orçamento da União destinados a Reforma Agrária e Agricultura Familiar, a jornada segue em todo o Brasil contra os retrocessos que o governo golpista impõe todos os dias", conclui.
Edição: Catarina de Angola