As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) iniciaram, neste domingo (27), o Congresso que marca o início da atuação da organização como um partido político no país. O tema do encontro é: "Por um governo de transição para a reconciliação".
O evento acontece em Bogotá, capital da Colômbia e vai até o próximo sábado. Participam do congresso 1200 delegados e cerca de 200 convidados pertencentes a diversos setores da sociedade colombiana e representantes internacionais, além de 400 jornalistas.
Alberto Anaya, dirigente do Partido dos Trabalhadores do México, esteve presente durante a abertura e saudou o evento em nome dos delegados de organizações de esquerda latino-americanas. Anaya afirmou que, depois de tantas décadas de luta, as FARC seguirão semeando vitórias para o povo colombiano e que, a partir de agora, os ex-guerrilheiros vão travar a batalha político-democrática e em condições de paz.
A mesa de abertura estava composta pelo líder das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, e pelos membros Iván Márquez, Solis Almeida, Joaquín Gómez, Sandra Ramírez, Liliana Suárez, Maryelis Guzmán e Erick Sosa, representante de Cuba, país que mediou os Acordos de Paz.
O evento do movimento rebelde deve decidir, antes do encerramento, o nome da nova formação política. O partido deverá se chamar "Força Alternativa Revolucionária da Colômbia", como indicou Márquez, membro do Secretariado da organização. Durante a abertura, ele criticou o governo colombiano e denunciou o não-cumprimento deste na implementação dos Acordos de Paz.
No encontro, os delegados vão eleger ainda a direção do partido e vão aprovar as linhas de ação. Também serão definidos os dez delegados que devem ocupar as cadeiras no Congresso da República, conforme foi decidido durante as negociações do "Acordo de Paz" com o governo, assinado no fim de 2016, em Havana, capital de Cuba, depois de mais de quatro anos de diálogo.
com informações da ALBA TV e da Prensa Rural
Edição: Vanessa Martina Silva | Tradução: Luiza Mançano