A chancelaria do Equador emitiu um comunicado na noite da última segunda-feira (7) em que rejeita o que classificou de possíveis “ingerências” em assuntos internos da Venezuela. De acordo com o texto, Caracas está “empenhado em resolver democraticamente sua situação interna”.
“Nenhuma vontade estrangeira pode obrigar o governo da Venezuela a tomar decisões contrapostas a seus interesses legítimos, nem desconhecer a vontade geral do seu povo, que se expressou nas urnas em favor de instalar o Poder Constituinte. Estas determinações do povo venezuelano não podem ser questionadas por Estados terceiros, sem que tal ato constituía ingerência nos assuntos internos de um país soberano que se encontra empenhado em solucionar democraticamente sua situação interna”, diz a nota.
O texto veio em resposta à suspensão da Venezuela do Mercosul, decidida no último final de semana pelos membros do bloco.
“Cada Estado tem direito inalienável de escolher seu sistema político, econômico, social e cultural sem interferência de nenhuma natureza de outro Estado, como uma condição essencial para garantir a convivência pacífica entre as nações e consolidar a paz”, afirma o texto.
A chanceler equatoriana Maria Fernanda Espinosa não deve comparecer à reunião marcada para esta terça-feira (8) pelo Peru para discutir a situação da Venezuela. No lugar, de acordo com a emissora teleSUR, Espinosa deve participar da 6ª Reunião Extraordinária do Conselho Político da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba).
Bolívia
Por sua vez, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou na segunda que a Venezuela é o "elo estratégico" na tentativa dos Estados Unidos de "recolonizar" a América Latina e o Caribe.
"Estamos perante um momento especial e um palco complexo. O império empreendeu a grande batalha para recolonizar a América Latina e o Caribe, e a Venezuela é o elo estratégico", afirmou Morales em um ato com militares, indígenas e camponeses no planalto de La Paz, por ocasião do 192º aniversário das forças armadas.
Para o governante boliviano, aliado de Nicolás Maduro, "a Venezuela é um elo estratégico" para os EUA porque "possui a maior reserva de petróleo do mundo".
Edição: Opera Mundi