O último dia 15 de julho foi marcado por um escracho na mansão de João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo (SP), realizado pelo Levante Popular da Juventude. Por causa da ação, o coletivo foi multado no valor de R$5 mil reais por dano ao patrimônio e crime ambiental. Para poder arcar com os custos, o Levante está promovendo um financiamento coletivo na plataforma online Catarse.
A campanha intitulada "SP não está à venda" se encerra nesta sexta feira (28) e tem 60% da meta atingida. De acordo com Ingrid Moraes, militante do Levante, o coletivo pretende arrecadar o valor total para custear a multa. "Precisamos do apoio da população para continuar as nossas lutas", afirmou. As contribuições podem ser feitas a partir do valor de R$10 reais.
O Levante promoveu o ato em frente à mansão de Doria para se manifestar contra a gestão tucana que, de acordo com a entidade, está promovendo a "mercantilização do patrimônio e dos serviços da cidade, sem diálogo com a população". Na ocasião, um dos militantes foi detido, acusado de pichar a mansão do prefeito.
Segundo Moraes, Doria defende um projeto elitista de cidade. "O prefeito tem tentado aprovar na câmara dos vereadores de São Paulo o maior plano de privatizações da história de São Paulo, sem nenhum diálogo com a população", disse.
Outra reivindicação do grupo era a suspensão da redução do bilhete único estudantil. Atualmente, os estudantes têm direito a oito viagens gratuitas a cada 24 horas. A partir de agosto, o mesmo número de viagens deverão ser realizadas no período máximo de duas horas, duas vezes ao dia. "Queremos que ele faça menos marketing e garanta mais direitos para a população", frisou Ingrid.
Edição: Rute Pina