Nem o frio que atinge Porto Alegre (RS) impediu a população gaúcha de se reunir na Esquina Democrática, tradicional ponto de manifestações populares no centro, para protestar contra as reformas previdenciária e trabalhista de Michel Temer (PMDB).
A mobilização, organizada pela Frente Brasil Popular, também foi realizada em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado recentemente em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro.
A dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul, Roberta Coimbra, destaca a unidade entre a classe trabalhadora urbana e rural no enfrentamento das reformas da previdência e trabalhista do governo golpista.
"Porque o momento é fundamental para denunciar essas reformas trabalhista e da previdência e essa unidade da classe trabalhadora urbana e rural é fundamental para que a gente possa fazer a denúncia para a sociedade, mas também se articular para enfrentar esse momento político difícil do nosso país"
A concentração para o ato começou por volta das 17 horas. Centenas de trabalhadores, estudantes, militantes de sindicatos e de movimentos populares pediram a saída de Temer da presidência.
"Eu acho que chegou ao extremo para se mover, se unir e dizer um basta a tantas barbaridades que nós viemos assistindo de longe. Então o povo tem que perceber o seu poder, o poder do voto., afirma a artista popular Lili Fernandes, que aposta na eleição direta como a única maneira de devolver ao povo o estado democrático de direito.
"Nós temos que exigir o respeito ao nosso voto, afinal de contas, os que governam hoje não são aqueles que escolhemos através do nosso voto popular", pontua a artista.
Os manifestantes também denunciaram a perseguição ao ex-presidente Lula, como símbolo de um golpe parlamentar, midiático e judicial que ocorre no país.
Edição: Camila Salmazio