Metroviários, bancários e trabalhadores dos correios de São Paulo são algumas das categorias mobilizadas para aderir à paralisação no dia 30 de junho, quando ocorre uma nova greve geral.
A mobilização nacional é contra a reforma trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo golpista de Michel Temer, do PMDB.
Os sindicatos já demonstraram apoio à paralisação convocada pelas centrais sindicais.
Os movimentos populares que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também apoiam a paralisação.
O coordenador geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo, reafirmou a participação da categoria, na tentativa de reverter a posição do governo federal em manter a tramitação das reformas.
"Nós entendemos que a nossa categoria tem um papel estratégico na realização da greve, até porque transporta 4,5 milhões de usuários por dia. É uma categoria extremamente importante para participar desta mobilização."
As centrais sindicais e os movimentos populares unificaram o calendário de ações, o chamado "Junho de Lutas", que vai culminar na greve geral da próxima semana.
Durante todo o mês, manifestações ocorreram em diversas capitais, como Florianópolis, Salvador, Campo Grande, São Luís, Cuiabá e Porto Alegre.
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), afirma que a construção desta greve em repúdio à agenda de retrocessos é resultado da articulação permanente das entidades.
"Embora seja um período onde, por exemplo, a educação esteja em um período em que todo mundo vai estar em recesso, esse desejo de ganhar as ruas ele vai se alimentando também à luz de uma eclosão de atividades que vêm acontecendo em todo o país."
Para o presidente da CTB, a decisão da Comissão de Assuntos Sociais do Senado que rejeitou, na terça-feira, dia 20, o parecer do relator do projeto de lei sobre a reforma trabalhista deu fôlego e otimismo ao movimento.
A proposta deve passar por mais uma análise na Comissão de Constituição e Justiça na quarta-feira, dia 28. Já a votação no Plenário do Senado está prevista para o período entre 5 e 12 de julho.
Júlio Turra, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirma que a expectativa das centrais é que a paralisação nacional antecipe uma grande mobilização no segundo semestre em torno da Reforma da Previdência.
"Estamos mobilizando. Não deixaremos passar em branco a reforma trabalhista e estamos alertando nossa bases, fazendo atividades, panfletagem e assembleias e plenárias. A receptividade é boa.”
Outras categorias ainda vão decidir em assembleias o posicionamento sobre a greve geral do dia 30 de junho, como o setor de transportes – ferroviário, marítimo e de cargas.
Edição: Camila Maciel