Lava Jato

Análise | Há algo de podre no reino do Paraná

Rocha Loures, o homem da mala de R$ 500 mil, é descendente dos fundadores da “República de Curitiba”

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-deputado federal e ex-assessor de Michel Temer
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-deputado federal e ex-assessor de Michel Temer - Brizza Cavalcante/Câmara dos Deputados

Comentário veiculado na Radioagência Brasil de Fato, baseado na reportagem Rocha Loures: a "família tradicional paranaense" no seio das denúncias contra Temer.

No início da Operação Lava Jato, em 2014, o Paraná foi vendido como estado símbolo do combate à corrupção no Brasil. 

As últimas notícias sobre a operação colocam novamente o estado no centro das denúncias, mas o motivo agora é outro. É daqui que vêm muitos dos investigados por lavagem de dinheiro e caixa 2. 

Só na lista da Odebrecht, eram sete – a maioria, políticos filiados ao PDSB e ao DEM.

Natural da chamada “República de Curitiba”, Rodrigo Rocha Loures, do PMDB, protagonizou o escândalo mais recente.

Além de abalar as estruturas do governo golpista de Michel Temer, de quem era o braço direito, o homem da mala de R$ 500 mil demonstrou que a “família tradicional paranaense” está mergulhada até o pescoço em denúncias de corrupção.

Rocha Loures é da família dos fundadores de Curitiba, os Carrasco dos Reis e os Mateus Leme.

Pelo lado da mãe, faz parte da linhagem de Joaquim de Almeida Faria Sobrinho, duas vezes presidente da Província do Paraná, e de Lourenço de Sá Ribas, que foi presidente da Câmara de Curitiba.

O pai do homem da mala, Rodrigo Costa da Rocha Loures, é presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic), que faz parte da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

E essa você certamente já conhece. É aquela do pato! A Fiesp foi uma das entidades apoiadoras do golpe.

Olhos atentos para os “jovens oligarcas” que se oferecem como novidade, mas trazem consigo ranços do século passado. 

Destes, o Paraná está cheio – e o Brasil também. Basta olhar os sobrenomes.
 

Edição: Camila Maciel