[Errata: Diferente da informação inicial, dessa quarta-feira (17), o deputado Paulo Teixeira não entrou com o pedido do impeachment, mas defendeu o pedido em plenário, feito, entre outros pelo deputado Alessandro Molon]
O deputado Alessandro Molon (Rede/RJ) entrou com um pedido de impedimento, na quarta-feira (17), por crime de responsabilidade contra o presidente golpista Michel Temer (PMDB). O texto protocolado diz que "diante da gravidade dos fatos, é imprescindível a instalação de processo de impeachment para apurar o envolvimento direto do Presidente da República para calar uma testemunha".
O pedido de impeachment foi feito após as revelações do jornal O Globo de que o peemedebista teria dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, para que não fechasse um acordo de delação premiada.
Para o deputado Paulo Teixeira (PT/SP), em declaração ao Brasil de Fato, “é o fim desse governo ilegítimo”. Ele ressalta que “é de extrema gravidade [o que ocorreu] porque revela os bastidores da derrubada de Dilma. Trata-se de um crime de responsabilidade do presidente em exercício de mandato e isso requer o afastamento, por isso vamos ingressar com pedido de impeachment agora”. O petista também fez um chamado ao povo brasileiro para que saia às ruas neste fim de semana para exigir a renúncia de Temer.
Teixeira esclarece que também é urgente entrar com a proposta de uma PEC pedindo a realização de eleições diretas e antecipação das eleições de 2018.
Questionado sobre a possibilidade de a denúncia realizada pela JBS repercutir em outros parlamentares de Brasília, Teixeira ressaltou que o grande temor em torno de uma possível delação de Cunha é que ele revelaria os interesses econômicos e a compra de parlamentares ocorridas para a aprovação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff: “Isso explodiria a República, mas acho que ela já explodiu”, disse em referência às denúncias de hoje.
Edição: Mauro Ramos