O Coletivo Arrua promove nesta sexta-feira (12), no Largo da Batata, o evento "Um ano de Golpe - Sem|meia democracia". A data marca um ano da votação do impeachment no Senado que culminou no afastamento definitivo da presidenta Dilma Rousseff. A ideia é que o evento sirva para fazer um balanço do mandato do governo do presidente golpista Michel Temer, além de denunciar o desmonte das políticas públicas comandadas pela gestão.
Os organizadores definiram como palavra de ordem o "Diretas Já!" e pedem a liberdade de Rafael Braga, único preso condenado nos protestos de junho de 2013 e todos os presos políticos. A ocupação carrega ainda outras pautas como o fim do genocídio da juventude negra, dos massacres camponeses e indígenas, da violência LGBTfóbica, dos feminicídios e também a reivindicação de uma acolhida aos migrantes e refugiados que respeite as identidades de gênero, e todas as orientações sexuais e práticas religiosas.
Entre as atividades político culturais confirmadas estão batalhas de Mcs, o Arrastão dos Blocos, e a roça urbana promovida pela Casa da Lapa."O que nos une é a luta pela democratização da cidade e a apropriação do espaço público", ressaltou Barbara Lopes, 38 anos, jornalista e integrante do coletivo.
O Coletivo Arrua existe desde 2012 e é composto por um grupo variado de pessoas como jornalistas, arquitetos e cientistas sociais. Em abril de 2016 o coletivo promoveu uma semana de ocupação no Largo da Batata, o Ocupe a Democracia, que contou com uma série de iniciativas culturais como shows e debates. Artistas como Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção e o rapper Criolo, fizeram parte da programação.
A ocupação do espaço público como palco do debate político já se consolidou como uma identidade da organização. A expectativa para o evento deste ano é de uma programação recheada de coletivos e artistas que já constroem lutas na cidade. Para mais informações, acesse a página do evento nas redes sociais.
Edição: José Eduardo Bernardes