O governo golpista de Michel Temer afunda o país em uma crise sem fim. Economia se deteriorando, o desemprego batendo à porta de mais e mais brasileiros e a violência crescendo em espiral. O caos social ainda pode piorar com a destruição da Previdência Social e das leis trabalhistas. A reforma da Previdência é cruel, desumana, injusta e autoritária. O governo deixa claro que não quer que ninguém se aposente quando eleva a idade mínima para 65 anos e exige 49 anos de contribuição. Passou a régua e igualou todo mundo: homem, mulher, professor, professora e trabalhadores rurais. A reforma tal como está proposta vai aprofundar a crise, afetar a vida das famílias e a economia dos municípios. Além de ser um direito, o benefício previdenciário faz girar a economia e, consequentemente, diminui o desemprego.
Outra maldade é a desvinculação do benefício do salário mínimo. Os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo, que somam atualmente 4,2 milhões de pessoas, poderão receber metade do salário mínimo ou menos.
O trabalhador rural e as mulheres são os mais prejudicados. Dificilmente alguém vai atingir o benefício integral ao se exigir 49 anos de contribuição ininterrupta. Para o trabalhador rural, o agricultor familiar, isso é impossível. Além de a renda ser pequena, depende da safra, do clima e da rotatividade no mercado de trabalho.
O argumento usado é de que a Previdência Social está quebrada, gerando até uma comoção social. Mas é mentira! As grandes empresas devem para a Previdência cerca de R$ 500 bilhões. Por que o governo não cobra a dívida dessas grandes corporações para equilibrar o caixa? Temer tira dinheiro da Previdência para pagar juros da dívida. Quer privatizar o sistema. Esse (des)governo está rifando nosso patrimônio. É o maior ataque ao povo brasileiro.
*Padre João é deputado federal pelo PT-MG.
Edição: Joana Tavares