A Central Independente dos Trabalhadores Agrícolas e Camponeses (Cioac) do México anunciou uma série de mobilizações neste mês de janeiro de 2017 contra a alta no preço dos combustíveis. O aumento foi anunciado pelo governo do presidente Enrique Peña Nieto.
O secretário-geral da Cioca, Federico Ovalle, criticou a medida do governo e prometeu protestos a partir de 6 de janeiro, data na qual se comemora a promulgação da Lei Agrária mexicana.
Ainda de acordo com Ovalle, com o aumento anunciado - válido a partir de domingo (1º) e que chega até a 20% de incremento – a alta dos preços dos combustíveis desde que Peña Neto assumiu chegará a 48%.
Além dos combustíveis, o país registra altos custos na aquisição de insumos básicos para a produção agrícola, como sementes e fertilizantes, já que maioria desses elementos são importados em um contexto de valorização cambial do dólar, o que significaria um risco para a produção de alimentos, disse também o secretário-geral.
Nesse contexto, Ovalle apontou ainda que o pagamento pela produção não leva em conta os preços internacionais e a desvalorização do peso mexicano.
As declarações foram dadas em Bochil, no estado de Chiapas – localizado ao sul do México. No local ocorreu uma passeata com cerca de três mil camponeses contra ao aumento do preço dos combustíveis.
Edição: José Eduardo Bernardes
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