Na primeira quinzena de 2016, os primeiros atos convocados pelo Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo (SP) já poderiam anunciar o termômetro das ruas este ano: enfrentamento e resistência por direitos.
Em janeiro, os atos do MPL para protestar contra o aumento de 3,50 para 3,80 no preço da tarifa de ônibus e metrô foram reprimidos violentamente pela Polícia Militar (PM), mas reuniram milhares de pessoas na capital paulista. Poucos meses depois, o movimento dos jovens estudantes secundaristas mostrou sua força ocupando ruas e instituições, como a Assembleia Legislativa de São Paulo.
Fora, Temer
Já a defesa da democracia foi tema central de centenas de atos pelo país devido ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Ainda no primeiro semestre, mobilizações denunciaram o que movimentos populares compreendem como um golpe parlamentar, que teve apoio de alguns setores empresariais e da imprensa brasileira. Em São Paulo, foram sete dias ininterruptos de protestos do dia 29 de agosto a 4 de setembro.
A ascensão de Michel Temer (PMDB), por sua vez, desencadeou uma onda de manifestações para denunciar os retrocessos de seu governo, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 (ou 55, no Senado) e caracterizou 2016 como o ano dos estudantes, que ocuparam mais de 1 mil instituições de ensino, o ano dos atos unificados das recém-criadas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular; e ano dos sem-teto, que exigiram o direito à moradia.
Confira como foi 2016 nas ruas e a cobertura do Brasil de Fato:
Edição: Simone Freire.
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