Recentemente houve protestos em Pequim contra a má qualidade do ar, devido ao "smog" (smoke + fog, em inglês) que, nestes dias finais de outono, com suas inversões térmicas, se abateu sobre a cidade.
Os manifestantes começaram a colocar máscaras nos narizes das estátuas da cidade. A polícia começou a caçá-los. Deteve usuários de máscaras, interrogou jornalistas que as usavam…
Paralelamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados assustadores: cerca de 1 milhão de pessoas morrem anualmente na China, devido às más condições atmosféricas.
Mas acontece que na China tudo é muito grande, com seu bilhão e 300 milhões (pelo menos) de habitantes.
O relatório da OMS revelou dados mais assustadores ainda.
Os piores índices de óbitos devido às más condições atmosféricas estão… aqui na Europa, sobretudo na antiga Europa do Leste.
O pior índice é o da Ucrânia, em que 120 pessoas, para cada 100 mil habitantes, morrem devido a males derivados da poluição, por ano. Em segundo lugar vem a Bulgária, com 118. Depois a Bielo-Rússia, entre a Polônia e a Rússia, com 100. Em quarto, empatadas, a Armênia e a Bósnia-Herzegovina, com 92, e a seguir vem a Geórgia, com 90 e a Hungria, com 82.
A razão (?) chinesa é de 76 mortos por 100 mil habitantes. Alta, mas longe de ser a campeã. Aqui na Alemanha é de 33.
A brasileira não é tão má: 13. Assim mesmo, se levarmos em conta que nosso país tem mais de 200 milhões de habitantes, isto significa que 26 mil compatriotas morrem anualmente devido a más condições atmosféricas.
Mas podemos esperar que o nosso índice cresça. Além do ar estar se tornando irrespirável em muitas cidades brasileiras devido ao gás lacrimogênio lançado pelas PMs para reprimir os manifestantes contrários à PEC do Fim do Mundo, a 55, o congelamento dos investimentos em saúde, educação, em áreas sociais como habitação, transporte, proteção a crianças, adolescentes e idosos, além de no controle à poluição, desmatamento etc., certamente fará o percentual subir.
Mais uma vez o mundo se curvará ante o Brasil, e este ante sua "élite" burra, conservadora, provinciana e anacrônica. Sem falar em Wall Street, Washington etc.
Edição: ---