Sem um acordo firmado, os bancários decidiram, nesta terça-feira (27), continuar a greve, que já dura 22 dias. Entretanto, a continuação da negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está marcada para as 15h desta quarta (28).
Segundo comunicado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, a Federação irá se reunir com os bancos na parte da manhã para fazer uma nova proposta.
“O acordo de dois anos pode ser uma boa alternativa, desde que traga ganho para os bancários”, disse, em nota, Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Sem novidades
A representação dos bancos voltou à mesa de negociação com a mesma proposta feita na semana passada, oferecendo um reajuste de 7% para os salários e benefícios, mais abono de R$ 3.300 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo.
Já os sindicatos permaneceram com a reivindicação de reajuste salarial pela inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial e participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90. Além disso, entre as pautas da categoria também estão o 14º salário, fim das metas abusivas e assédio moral e das demissões, melhores condições de trabalho nas agências digitais, mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Mobilização
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve fechou 13.385 agências na última sexta-feira (23) das 22.676 agências bancárias instaladas em todo o país. Isso faz desta a maior greve da história da categoria em termos de abrangência. A Fenaban não divulgou o número de agências fechadas.
A última paralisação da categoria ocorreu em outubro do ano passado. Na época, os bancários fecharam agências de bancos públicos e privados em 24 estados e no Distrito Federal por 21 dias.
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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