Bancários realizam greve nacional a partir dessa terça-feira (6), depois de rejeitarem a proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A categoria reivindica reajuste salarial de 5% e a reposição da inflação no período, que foi de 9,57%, além da antecipação e reajuste na participação dos lucros, aumento do vale-alimentação, melhores condições de trabalho e plano de carreira.
A decisão foi tomada após assembleia na última quinta-feira (1º), em que os bancos ofereceram um reajuste de 6,5% sobre os salários e benefícios - como vale-refeição e auxílio-creche, além de abono no valor de R$ 3 mil, a categoria recusou.
Os bancários reivindicam, entre outros, reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual nos locais de trabalho, simetria salarial entre homens e mulheres e fim da terceirização.
Em seu site, a Fenaban disse que a proposta enviada aos bancários "mostra o empenho dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de garantir a satisfação e o bem-estar dos empregados do setor em um momento de dificuldades e incertezas na economia brasileira".
Entre as cidades e os estados que tiveram assembleias em que os bancários confirmaram a greve estão Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Tocantis, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Sergipe, Cuiabá, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, e cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como as duas capitais, Campinas (SP), Bauru (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ).
Somados, o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses deste ano.
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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