Os professores das redes públicas de ensino estão paralisados nesta sexta-feira (26). Os sindicatos que representam os servidores estaduais e da capital realizam assembleias das categorias às 14h. As mobilizações são independentes e separadas.
O ato do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) ocorre na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação estadual. A atividade do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem) acontece no Viaduto do Chá, em frente à Prefeitura.
Pautas
Uma das principais pautas dos professores estaduais é a reposição salarial. A categoria afirma estar há dois anos sem reajuste. “A campanha é por um reajuste emergencial de 16,6% para repor perdas de julho de 2014 a fevereiro de 2016”, afirma a Apeoesp em nota. A entidade também reivindica a instituição de uma mesa permanente de discussões em relação à equiparação de vencimentos com outras categorias profissionais com formação de nível superior, uma das metas do Plano Estadual de Educação.
A categoria também reivindica a contratação de todos os aprovados em concurso público, estipulação de máximo de 26 alunos por sala, além de protestar contra as propostas de “reorganização do ensino” defendidas pelo governo estadual (PSDB).
Após a assembleia, a Apeoesp promove em seu auditório o lançamento do documentário “A Escola Toma Partido”, do cineasta Carlos Pronzato. A entidade é contrária ao Projeto de Lei Escola Sem Partido e considera a ideia uma forma de limitação da atividade docente.
Os professores municipais, por sua vez, protestam contra a Sampaprev – regime de previdência complementar proposto pela Prefeitura de São Paulo e que seria gerido pelo setor privado -, a Proposta de Emenda Constitucional 241, estabelecendo teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos e o Projeto de Lei Complementar 257, que propõe a limitações aos investimentos de estados e municípios.
Para o Sinpeem, as duas propostas de alteração na lei prejudicam os investimentos em educação.
Resposta
A reportagem contatou os governos estadual e municipal para se posicionarem em relação às reivindicações dos professores relativas às suas competências. Até o fechamento desta edição, não obteve resposta.
Quanto a crítica dos professores municipais em relação à PEC 241 e ao PL 257, não houve reposta por parte de seus propositores. Em outras ocasiões, seus defensores afirmaram que as medidas são necessárias para a retomada do equilíbrio fiscal.
Edição: José Eduardo Bernardes
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