Com ocupações e resistência que duram desde dezembro do último ano por parte dos secundaristas, o governo estadual de Goiás cancelou o edital que transferiria a administração de 31 institutos e 45 colégios técnicos para Organizações Sociais (OS). A decisão foi comemorada, ainda que com cautela, pelos estudantes.
Os estudantes acreditam que a decisão foi resultado da luta que eles têm travado. “É certo que existem problemas muito sérios com nosso sistema público de ensino, mas militarizar e terceirizar não são solução”, diz a postagem da página Secundaristas em Luta - GO, no Facebook. Eles admitem, porém, que este não é o fim da luta pela educação pública de qualidade.
O chefe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico, Luiz Maronezi, o cancelamento do edital, que teria sido feito para promover modificações no documento.
“Isso não quer dizer que o governo está desistindo da ideia. Só estamos reiniciando o processo para nos adequar às novas regras legais. Vamos começar do zero”, disse à Rede Brasil Atual, via assessoria de imprensa.
Ainda na resposta, a assessoria de Maronezi explica que o processo será readequado para que “não ocorra nenhum questionamento futuro”.
Histórico
A proposta de terceirizar a gestão de escolas estaduais e técnicas para as OS foi publicada em dezembro pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Desde o começo, os secundaristas reagiram com ocupações de colégios estaduais e de prédios da secretaria.
No auge das manifestações, em dezembro, 28 unidades foram ocupadas ao mesmo tempo.
*Com informações na Rede Brasil Atual.
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