A organização da 2ª edição da Virada Feminista, que pretende trazer 24 horas de atividades entre os dias 3 e 4 de setembro, em São Paulo (SP), lançou uma campanha de financiamento coletivo no Cartarse para viabilizar o evento. A meta é arrecadar R$25 mil até o dia 16 de agosto.
Com o tema A Resistência Que Transforma, a programação reúne mulheres artistas, militantes e estudantes para atividades de dança, cinema, teatro, literatura, internet livre, fotografia, zine, agroecologia, grafite e culinária, e acontecerá no Centro Cultural da Juventude, localizado na Zona Norte da capital paulista.
O objetivo é permitir que mulheres vivenciem o espaço público e contribuam para a transformação da cidade.
"No mundo em que vivemos, estar no espaço público pode significar, para as mulheres, possibilidades de serem deslegitimadas, desrespeitadas, assediadas e violentadas. Ao mesmo tempo, ocupar este espaço é uma das mais fortes demonstrações de resistência", destaca o projeto do Catarse, que propõe uma rede de colaboração entre mulheres com base na solidariedade e coletividade.
Segundo a organização, a campanha de arrecadação visa contribuir, mesmo que de forma simbólica, com o trabalho de todas as mulheres que se apresentarem, debaterem ou oferecerem oficinas.
As contribuições receberão recompensas de acordo relativas ao valor, como lambe-lambe feministas, cartazes e livros sobre a história do feminismo.
Quase 5 mil pessoas manifestaram interesse no evento do Facebook, e a campanha de arrecadação, que teve início no dia 7 de julho, já arrecadou 17% do valor total. Para mais informações, confira o projeto.
O evento, que contará também com uma feira de economia feminista e com um palco externo.
Retrospectiva
Mesmo com pouco dinheiro envolvido, a primeira edição do evento, realizada em julho de 2015, promoveu uma série de atividades e trouxe artistas como as rappers Yzalú e Luana Hansen, as cantoras de MPB Nô Stopa e Joana Duah e as bandas Útero Punk e Bloody Mary Una Chica Band.
A organização da Virada Feminista é composta pelos grupos Fuzarca Feminista, Marcha Mundial de Mulheres de São Paulo e SempreViva Organização Feminista.
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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