O coach Pablo Marçal (PRTB) afirmou que não apoiará o prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno da eleição municipal em São Paulo. Com 28,14% dos votos, ele ficou de fora da disputa após perder para o emedebista, que teve 29,48%, e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), com 29,07%.
O candidato derrotado disse que Nunes foi “arrogante” e “covarde” e que não aceitaria fazer parte de seu palanque. As declarações foram feitas logo antes de uma palestra motivacional de Marçal, em Alphaville, um bairro nobre de Barueri.
Mais cedo, dando continuidade ao tom de animosidade entre ambos, o atual prefeito afirmou que não procurará Marçal nas próximas semanas e disparou: “No meu palanque, não”, afirmou em coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (8),
Marçal também afirmou que permanecerá na política por 12 anos e que dentro deste período tentará se eleger presidente da República. “Ninguém conseguiria chegar aonde eu cheguei. Eu me sinto um garoto na política. Acho que vou conseguir ser o presidente mais novo da história. Eu vou ganhar qualquer eleição sem subir em palanque nenhum”, disse.
Apesar de ter negado apoio a Nunes, o ex-coach afirmou que pode rever seu posicionamento dadas determinadas condições. Uma delas é um pedido de desculpas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), do pastor Silas Malafaia e do próprio Nunes pelas “mentiras” ditas contra ele.
Outra é o comprometimento a assimilar algumas propostas de governo do Marçal no plano do atual prefeito, como a implementação das escolas olímpicas e da disciplina de "empresarização" no currículo escolar.
Durante a palestra, Marçal lançou o curso “Plano Família Rica” em que promete ajudar as pessoas a prosperarem financeiramente. Em suas palavras, aqueles que seguirem seus conselhos serão bem-sucedidos mesmo que Guilherme Boulos saia vitorioso das eleições.
Sobre isso, Marçal afirmou que cerca de 45% dos seus votos são da periferia e de paulistanos que já votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outras eleições, o que pode ajudar Boulos. "Eu não indo para lado nenhum e liberando meu eleitorado, 45% dos meus votos o Lula com humildade vai tomar de volta. Ele sabe sinalizar com o povo, e o Ricardo não sabe, Boulos e Lula têm a língua do povo."
Marçal, porém, se posicionou contra o que chamou de comunistas, chegou a dizer que Bolsonaro ficou “enciumado” com o seu desempenho eleitoral e terminou com os presentes de olhos fechados e o coach guiando uma oração.
Edição: Nathallia Fonseca