A nova primeira-ministra britânica, Theresa May, assumiu o cargo nesta quarta-feira (13). Acompanhada do marido, Philip John May, ela foi até o Palácio de Buckingham, onde aceitou o convite oficial da rainha Elizabeth II para presidir o novo governo. A reunião entre as duas ocorreu logo depois de David Cameron apresentar sua renúncia formal como chefe do Poder Executivo.
“Seguindo o referendo [da saída do Reino Unido da União Europeia], vamos enfrentar um tempo de grande mudança nacional. E eu sei, porque somos a Grã Bretanha, que vamos enfrentar o desafio”, disse May em discurso.
Ela, que até então era ministra do Interior, conquistou a liderança do partido Conservador após sua rival, a candidata Andrea Leadsom, desistir da disputa na segunda-feira (11).
May torna-se a segunda mulher a ocupar o cargo de premiê na história do Reino Unido. A primeira foi Margaret Thatcher, também do Partido Conservador, que liderou a região entre 1979 e 1990.
Efetivar a 'Brexit'
A principal missão de May será efetivar a saída do Reino Unido da UE (União Europeia), decisão tomada pela maioria da população britânica no plebiscito realizado em 23 de junho, a chamada “Brexit”.
“Seguindo o referendo, encaramos um tempo de grande mudança nacional. E eu sei, porque somos a Grã Bretanha, vamos enfrentar o desafio”, disse May em discurso em frente à residência oficial de Downing Street.
Apesar de ter se posicionado contra o desligamento britânico do bloco, a ministra afirmou que não realizará outro referendo.
Segundo ela, sua “missão” será construir “uma Inglaterra melhor” e criar um governo não somente para “alguns poucos privilegiados”.
“O governo que lidero vai ser direcionado não somente pelos interesses de alguns poucos privilegiados, mas pelos seus. Faremos tudo que pudermos para dar a vocês mais controle sobre nossas vidas”, declarou.
A nova premiê citou o que chama de “laço precioso” entre Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e entre “cada um de nós”.
May elogiou também David Cameron, a quem qualificou como um “grande, moderno primeiro-ministro”.
Antes de renunciar e deixar a residência de Downing Street, Cameron falou sobre a “honra” de ter sido premiê e líder do Partido Conservador.
“Foi uma grande honra em minha vida servir nosso país como primeiro-ministro nos últimos seis anos e servir como líder do meu partido por 11 anos”, disse.
Cameron renunciou ao cargo de primeiro-ministro e à liderança do Partido Conservador em 24 de junho, um dia após a realização do plebiscito.
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