A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou, na quarta-feira (15), a demissão de quase 200 trabalhadores em todo o estado. Desde 2015, a Cemig tem lançado programas de demissão voluntária, que funcionam como incentivos para que os próprios empregados peçam as contas. No primeiro programa, de acordo com o Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), 177 trabalhadores foram demitidos. Já neste ano, seriam 400.
“A empresa tinha uma expectativa de saída de aproximadamente mil trabalhadores e, como não atingiu esse objetivo, agora ela demite arbitrariamente. As demissões são mais um furo nos compromissos assumidos, pois, logo que tomou posse, o presidente Mauro Borges comprometeu-se em não demitir mais ninguém, afirmando que os eletricitários seriam valorizados na casa”, afirma Jefferson Leandro, coordenador geral do Sindieletro.
Protesto
Na tarde de quarta (15), os eletricitários organizaram um ato em frente à sede da empresa, no bairro Santo Agostinho, região central de BH. Além do Sindieletro, a manifestação contou com a presença do Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais (Senge-MG) e o Sindicato dos Advogados do Estado de Minas Gerais (Sinad-MG).
“Fizemos a ação depois que os trabalhadores demitidos recorreram ao sindicato para denunciar as demissões. Na reunião que tivemos hoje com a diretoria da Cemig, cobramos tudo isso e exigimos que a empresa suspenda todas as demissões”, conta Jefferson.
O sindicato irá, na quinta (16), para as portarias da Cemig mobilizar a categoria para ações futuras, que ainda serão agendadas.
Cemig
A Companhia foi procurada pela equipe do Brasil do Fato MG, mas até o momento não se pronunciou sobre o assunto.
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