Israel suspendeu nesta quinta-feira (09) 83 mil permissões de entrada em seu território para palestinos da Cisjordânia e de Gaza, um dia após o ataque que deixou quatro mortos e pelo menos 16 feridos em um mercado no centro de Tel Aviv.
Segundo a imprensa local, a medida foi anunciada pelo coordenador das atividades do governo israelense nos territórios ocupados, o general Yoav Mordejai, em resposta às ordens emitidas pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e pelo titular da Defesa, Avigdor Lieberman.
Na quarta-feira (08), dois homens que se passavam por clientes atiraram nos frequentadores de um mercado no distrito de Sarona, no centro de Tel Aviv, uma área movimentada e localizada próximo ao Ministério da Defesa.
Os autores do ataque foram presos. De acordo com autoridades policiais, eles são primos e vivem em Yatta, uma vila palestina próximo a Hebron, em um dos territórios ocupados por Israel.
De acordo com o governo de Israel, o congelamento das permissões especiais de entrada no país é uma medida cautelar até a decisão final do gabinete.
Israel havia concedido as permissões em função do Ramadã, o que permitiria o deslocamento mais rápido de palestinos durante a celebração islâmica e a reunião de famílias da Cisjordânia e de Gaza. Entre as permissões suspensas, 204 haviam sido expedidas a familiares dos dois autores do ataque.
Até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria da ação. O porta-voz do Hamas, Hussam Badran, disse que o ataque foi “a primeira profecia do Ramadã” e disse que sua localização, próximo ao Ministério da Defesa, "indicou o fracasso de todas as medidas da ocupação” para colocar fim à revolta dos palestinos.
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