Movimentos sociais, trabalhadores e usuários do SUS ocuparam o prédio do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (9), em defesa saúde pública e contra a privatização do sistema.
Eles protestam contra a política do governo federal para o setor, alegando que ela coloca em risco a integridade do SUS.
“Primeiro eles sucateiam, desprestigiam, precarizam o trabalho dos servidores em saúde e depois dizem que não funciona, para poder vender um lucrativo setor aos interesses privados. O SUS corre um grande risco com este governo, desvinculando receitas obrigatórias que eram para a saúde. Há pressa em fazer o desmonte em políticas de saúde”, criticou Cleiber Silveira, psicólogo e mestrando em saúde pública na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os manifestantes também pedem a saída do ministro da Saúde, Ricardo Barros, o fim dos cortes orçamentários para o setor e a legalização do aborto no país, além dos casos já previstos em lei.
Semana de mobilizações
A atividade fez parte da Semana de Mobilização em Defesa do SUS e da Democracia, com ações sendo realizadas em diversas partes do Brasil. As sedes dos ministérios da Saúde em Belo Horizonte e em Salvador também foram ocupadas na semana passada.
Nesta terça-feira (7), no estado de São Paulo, mais de 50 equipamentos do SUS receberam um abraço simbólico, com o intuito de chamar a atenção da sociedade para os ataques que o sistema vem sofrendo. Na sexta-feira (3) anterior, um ato também foi realizado no vão livre do Masp.
Em Fortaleza (CE), na quarta-feira (1) da semana passada, movimentos da saúde fizeram um ato contra o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), durante uma apresentação dele no Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que ocorre até sábado em Fortaleza (CE). Na ação, chamada de escracho, os médicos ergueram uma faixa com a frase “Fora Temer”.
No mesmo dia, diversas Unidades de Saúde da Família de João Pessoa, na Paraíba, amanheceram com cartazes e frases escritas nas calçadas denunciando os ataques aos SUS.
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