Durante uma prova de revezamento da tocha olímpica em Anápolis (GO), João Paulo Nascimento, paratleta do basquete em cadeira de rodas, caiu no chão e, ainda caído, passou a tocha a outra pessoa. Depois, se levantou e voltou à cadeira sem a ajuda de ninguém.
Foi o bastante para que internautas postassem o vídeo no Facebook, com comentários negando que ele fosse um autêntico paratleta. “Cadeirante fajuto”, dizia uma postagem. O vídeo teve cinco milhões de visualizações.
Um aviso aos ignorantes: nem todo paratleta é paraplégico. João é portador de “geno valgo”, uma doença que deixa os joelhos próximos e os pés afastados, dificultando o caminhar. Daí a necessidade da cadeira em algumas situações.
Se você não quer fazer feio, por favor, não compartilhe nada na internet sem antes checar a informação, nem mesmo por brincadeira. Não espalhe a mentira. Os paralímpicos merecem respeito.
Você Sabia?
Para designar os atletas com deficiências físicas ou mentais (mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral), o termo correto é “paralímpicos”. Até 2011, no Brasil, falava-se “paraolímpicos”, mas, a pedido do Comitê Paralímpico Internacional, o país passou a usar o mesmo termo empregado pelos outros países que falam a língua portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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