Lutas

Polícia Militar entra em centro educacional ocupado por secundaristas

Unidade estava ocupada por estudantes, desde a quinta-feira (29), que denunciam máfia da merenda em SP

São Paulo |
Neste momento, o choque já ocupa uma das entradas da unidade.
Neste momento, o choque já ocupa uma das entradas da unidade. - José Eduardo Bernardes / Brasil de Fato

O Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) de São Paulo entrou, na manhã desta segunda-feira (2), no prédio do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, ocupado por estudantes secundaristas desde a quinta-feira passada (28), em protesto à chamada máfia da merenda escolar - cujas denúncias questionam desvios de dinheiro para distribuição de alimentos das unidades escolares -, além de cortes nos repasses para a educação.

A PM disse ser necessária a ação para permitir que funcionários da unidade pudessem entrar. Neste momento, policiais e estudantes estão dentro do prédio, e o clima é tenso.

O ofício para a reintegração de posse foi emitido por volta das 08h30 desta segunda-feira (2); mas, em assembleia, os alunos decidiram manter a ocupação. "Só vamos desocupar o prédio com a garantia de que a Laura Laganá [superintendente do Centro], assine o papel com as nossas reivindicações, que são uma merenda decente, não bolacha e suco, mas arroz e feijão", disse um representante dos alunos, que preferiu não se identificar.

Alguns manifestantes deixaram a unidade da autarquia para convencer funcionários sobre a importância da ocupação, mas eles continuam reticentes. "Nós somos a favor da reivindicação deles, mas nós queremos trabalhar", afirma Julia dos Santos, funcionária do setor de parceiros do Centro Paula Souza.

Segundo os alunos, ouve uma reunião com a PM pela manhã, quando os policiais garantiram não usar força para desocupar a unidade, ao menos, nesta segunda-feira. No entanto, por volta das 10h15, o secretário de segurança Alexandre de Moraes, chegou à unidade e se reuniu com os funcionários. O objetivo, segundo funcionários, é promover a reintegração do Centro Paula Souza.

Neste momento, o choque já ocupa uma das entradas da unidade.

 

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