Após 5 anos

Lula celebra liberdade de Assange: 'mundo melhor e menos injusto'

Ativista foi liberado após cinco anos em prisão de segurança máxima

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Lula já havia criticado a prisão de Julian Assange - Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a soltura do jornalista australiano Julian Assange, que foi liberado na segunda-feira (24), após cinco anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres. 

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, disse o presidente brasileiro. 

Assange embarcou rumo a um tribunal das Ilhas Marianas do Norte, um território dos Estados Unidos no Pacífico, onde ocorrerá a audiência de formalização do acordo. O ativista concordou em se declarar culpado por revelar segredos militares dos EUA em troca de sua liberdade. Depois, Assange segue para a Austrália, seu país natal. 

Após declarar-se culpado, espera-se que Assange seja sentenciado a 62 meses de prisão. O tempo, porém, é inferior aos cinco anos que o ativista já cumpriu, resultando assim em sua liberdade após a audiência. 

A informação da liberdade do ativista foi publicada pelo WikiLeaks, do qual Assange é dono e por onde publicou informações de crimes cometidos por militares dos Estados Unidos em campanhas no Iraque e no Afeganistão, na chamada "guerra contra o terror". 

A esposa de Julian Assange, Stella Assange, manifestou preocupação com a viagem de seu marido. “Precisamos de todos os olhares atentos ao voo dele caso algo dê errado”, escreveu Stella em seu perfil no X. “Julian não estará seguro até pousar na Austrália. Por favor, continuem acompanhando o voo dele.”   

Clique aqui para acompanhar a viagem

Além de Lula, outros líderes progressistas latino-americanos celebraram a liberdade do ativista, como o ex-presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador; o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Edição: Nathallia Fonseca