ORGANIZAÇÃO POPULAR

Moradores de ocupação de Curitiba arrecadam recursos para construir centro cultural

As famílias da vila Pontarola, no bairro Tatuquara, já ergueram parte do barracão para atividades culturais com crianças

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Pontarola é uma das vilas na última fronteira de Curitiba, resultado de um urbanismo excludente - Pedro Carrano

No bairro Tatuquara, em Curitiba (PR), ao lado da reserva municipal do Bugio, no limite da capital paranaense com as cidades de Araucária e Fazenda Rio Grande, há iniciativas sendo feitas em prol das crianças e de uma comunidade.

Com cerca de 70 famílias, a vila Pontarola integra a campanha Despejo Zero, uma vez que é uma área de ocupação que resiste há cinco anos e ainda não teve sua situação regularizada junto à Companhia de Habitação do Paraná (Cohab-PR).

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Agora, a comunidade quer avançar na construção de um centro cultural, com apoio da Frente de Organização dos Trabalhadores (Fort), do padre Redentorista Joaquim Parron – reitor do Santuário Perpétuo Socorro em Curitiba.


Reunião na comunidade Pontarola por espaços comunitários e direito à moradia na periferia extrema de Curitiba / Pedro Carrano


“Estamos precisando de toda a ajuda possível, material de construção, estamos aceitando apoio”, afirma Juliana Silva de Oliveira, trabalhadora da construção civil. A iniciativa já gerou uma rifa na comunidade e parte do barracão está erguida, faltando a cobertura de telhas (veja foto abaixo), orçada em R$ 1.000.

A ideia se inspira em experiências organizativas recentes, caso do barracão e do reforço escolar da vila União e da Pantanal. O objetivo imediato das mulheres na comunidade é fortalecer o trabalho cultural com as crianças. “Queremos um sábado de leitura para as crianças e café da tarde para todas as crianças que estiverem no local”, explica Juliana.

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Para apoiar a construção do centro cultural da vila Pontarola:

Contato: Juliana Silva Morais de Oliveira (41-9.9253.0820)

CPF: 057 873 149 56 (para pix)


“Estamos precisando de toda a ajuda possível, material de construção, estamos aceitando apoio”, afirma Juliana Silva de Oliveira, trabalhadora da construção civil / Pedro Carrano

Fonte: BdF Paraná

Edição: Mayala Fernandes