O Encontro de Povos de Terreiro no Rio de Janeiro começou nesta quarta-feira (29) na região da Pequena África, espaço sagrado para as religiões de matriz africana na zona portuária. Com uma programação totalmente gratuita, o evento celebra a cultura afro-pindorâmica e traz como tema “A força da mulher ancestral”.
Ao longo do encontro serão apresentadas palestras e rodas de conversa com temáticas relevantes sobre a Umbanda e a Africanidade. Dentro da programação deste ano serão abordadas reflexões sobre o matriarcado, sustentabilidade, diversidade de gênero e ancestralidade.
Com enfoque majoritariamente feminino, a edição traz nomes como Mãe Flávia Pinto, Elaine Marcelina, Sol Shakur, Iyá Luciana Carneiro, Janamô e Mãe Sara Pinheiro, também dirigente da União Umbandista, Luz, Caridade e Amor (ÚNICA). Reconhecido como um dos grandes estudiosos das religiões de matriz africana, o professor Luiz Antônio Simas entra como único representante masculino da programação.
"Nossa cultura e identidade preta e indígena sofreram muito apagamento com as imposições do colonizador. É de primeira ordem mostrar que Exu não é diabo, que banho de erva não é bruxaria. É necessário reverenciar e celebrar a beleza da nossa ancestralidade e suas tradições, perpetuando o que os negros e os povos originários deixaram marcados na nossa sociedade”, sintetiza Mãe Sara.
Em sua 2ª edição, o conta com rodas de conversa, apresentações de dança, música e teatro, oficinas, culinária, feira de artesanato e um espaço de recreação para crianças, possibilitando a ida das mães com seus filhos.
A programação está dividida entre o Centro Cultural da UNICA (CCU) e o espaço Sacadura 154. No encerramento, domingo (2), Dia de Iemanjá, o evento entra no circuito de cortejo em homenagem Iemanjá com os Filhos de Gandhi.
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Edição: Clívia Mesquita