Rio de Janeiro

violência armada

Menina de 2 anos é primeira criança baleada no Rio de Janeiro em 2025

Mirella Pinho Francisconi foi atingida na cabeça dormindo no colo da mãe em Pilares, na zona norte

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Rio teve recorde de 26 crianças baleadas no último ano; Mirella passou por cirurgia no Hospital Souza Aguiar - Prefeitura do Rio

Uma menina de dois anos é a primeira criança vítima de bala perdida na região metropolitana do Rio de Janeiro em 2025. Mirella Pinho Francisconi foi baleada em Pilares, na zona norte, no domingo (26). O estado de saúde dela é grave.

A família voltava de um passeio na praia com outras cinco crianças. No trajeto para casa, elas pegaram um ônibus da linha 457 e desceram na Avenida João Ribeiro, próximo do Morro do Engenho. Em meio a um tiroteio, Mirella foi atingida na cabeça. Ela estava dormindo no colo da mãe.

Segundo a polícia, os disparos aconteceram durante uma tentativa de assalto. O Rio registrou recorde de crianças baleadas no último ano. 26 menores de idade foram atingidos por balas perdidas, dos quais quatro perderam a vida. O número é o maior registrado desde o início do monitoramento, em 2016. 

No total da série histórica, 698 crianças e adolescentes foram baleados na região metropolitana, segundo o Instituto Fogo Cruzado, por meio da plataforma Futuro Exterminado. Um em cada três foi vítima de bala perdida.

A criança foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, e depois foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, no centro. Ela passou por uma cirurgia durante a madrugada. O estado de saúde dela é grave, mas estável. O caso é investigado pela 23ª DP (Méier).

A mãe da criança, Mayara Francisconi, disse o portal G1 que tudo aconteceu muito rápido. "Foi muito rápido. A gente nem percebeu. Só ouvimos um estalo e uma luz clara assim, rápido. E quando eu fui ver ela já estava baleada. Minha filha não merecia passar por isso. A gente vê todo dia nas reportagens, mas nunca imagina que vai acontecer com a gente. E hoje, infelizmente, aconteceu com a minha filha”, afirmou.

Edição: Clívia Mesquita