As famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estavam em vigília desde o dia 3 de dezembro na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre resolveram retornar para seus acampamentos. A decisão foi tomada após um dia inteiro de reuniões com representantes do governo federal.
Com o lema Natal com Terra, a principal reivindicação dos acampados é o avanço nos processos de reforma agrária, que estão paralisados há mais de uma década. Eles exigem que o governo federal acelere as vistorias e compras de terras para possibilitar o assentamento de cerca de 1,6 mil famílias que seguem acampadas no estado.
Após reunião realizada na sede da Superintendência Regional do Ministério da Agricultura do RS, foi firmado um acordo no qual o Incra se compromete com a garantia de recursos orçamentários para a aquisição de duas áreas para o assentamento de famílias do RS, com pagamento até março de 2025.
A direção do MST também se comprometeu em incluir mais três imóveis entre as áreas emblemáticas que estão sendo negociadas nacionalmente. Além disso, o Incra acordou seguir fazendo a gestão para no prazo mais breve possível incorporar outras quatro áreas ao programa de Reforma Agrária.
Participaram da reunião o superintendente do Incra/RS, Nelson Grasselli, o superintendente do MAPA/RS, José Cleber Dias de Souza, o superintendente do MDA/RS, Milton Luiz Bernardes Ferreira, e por videoconferência a secretária executiva do MDA, Fernanda Machiaveli, o presidente nacional do Incra, Cesar Schiavon Aldrighi. Pelo MST, estavam representantes da frente de massa e dos acampamentos, além dos dirigentes nacional Maurício Roman e Lara Rodrigues.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Katia Marko