Rio de Janeiro

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No Rio, ônibus recebem sensores para monitorar a temperatura

Medida visa garantir o bem-estar dos passageiros e punir as empresas que não cumprirem as regras de climatização

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A expectativa é que até o final do ano 150 coletivos estejam equipados com o novo sensor de temperatura - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os ônibus do município do Rio de Janeiro terão sensores de ar-condicionado para monitorar a temperatura interna dos veículos. De acordo com a prefeitura da capital fluminense, a medida, que já começou a ser implementada em algumas linhas da cidade, visa garantir o bem-estar dos passageiros e punir as empresas que não cumprirem as regras de climatização.

Com o sensor, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) passará a aferir remotamente a temperatura de toda a frota municipal. O programa de controle permitirá, por exemplo, verificar em tempo real a temperatura média de uma determinada linha. 

Segundo a prefeitura, a temperatura de referência no interior do veículo será de 24ºC, mas a Secretaria de Transportes vai considerar ligado e em bom funcionamento o ar-condicionado que reduza a temperatura no interior do veículo em, no mínimo, 8ºC, em comparação com a temperatura externa ao veículo, segundo registro do Instituto Nacional de Meteorologia. 

A implementação dos novos equipamentos já teve início e, atualmente, 64 ônibus já estão com o sensor. Até o fim do ano, a expectativa é a de chegar até 150 coletivos. 

Calor extremo

A proximidade do verão e, como consequência, as elevadas temperaras no Rio, são fatores de preocupação. Em novembro do ano passado, a jovem Ana Clara morreu de exaustão térmica. A estudante universitária de 23 anos passou mal durante o show da cantora Taylor Swifit, no estádio do Engenhão. 

Na ocasião, a cidade atravessava uma onda de calor, a temperatura no dia passava de 40ºC, mas com uma sensação térmica de quase 60ºC. 

Em junho deste ano, a prefeitura publicou um decreto que estabelece os níveis de calor em cenários de risco relacionados a calor extremo e os protocolos que devem ser instituídos em cada fase pelo governo.

Nesta semana, o vereador Willian Siri (Psol), fez uma postagem nas redes sociais lembrando que alguns profissionais ficam mais expostos ao risco e que medidas também precisam ser tomadas para preservar a vida destes trabalhadores. 

“Nessa época do ano, camelôs, garis, motoristas de ônibus, ambulantes e cozinheiras sofrem ainda mais. É preciso oferecer condições de trabalho que atenuem os efeitos do calorão. Pontos de hidratação, todos os ônibus com ar-condicionado, roupas leves e protetor solar pra esses trabalhadores são fundamentais”, destacou o parlamentar.

Edição: Jaqueline Deister