ARTE E DENÚNCIA

Mostra sobre escravidão contemporânea entra em cartaz no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro

Exposição "Escravidão contemporânea: leituras" conta com obras de João Roberto Ripper e Padre Ricardo Rezende

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Mostra entra em cartaz nesta quinta-feira (28) e tem entrada gratuita - Foto: João Roberto Ripper

A exposição "Escravidão contemporânea: leituras", que aborda uma das mais graves violações de direitos humanos ainda presentes na sociedade entra em cartaz no Palácio Tiradentes, no centro do Rio, a partir desta quinta-feira (28).

Com pinturas de Padre Ricardo Rezende e fotografias de João Roberto Ripper, a mostra combina arte e denúncia, oferecendo um olhar profundo sobre a persistência dessa realidade. Antes de chegar ao Palácio Tiradentes, a exposição esteve em cartaz no Tribunal Regional do Trabalho da 1° Região (TRT-1).

Sobre os expositores

Padre Ricardo Rezende trabalhou durante 20 anos na Diocese de Conceição do Araguaia e, nesse período, foi membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT). É doutor em Ciências Humanas (com ênfase em Antropologia), pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais por sua luta pelos direitos humanos.

Ripper é um fotojornalista autodidata cujo trabalho retrata questões sociais, especialmente do campo brasileiro. Foi um dos fundadores da agência Imagens da Terra, cobrindo durante 10 anos temáticas sociais Brasil afora.

Em 2004 fundou, junto ao Observatório das Favelas, o programa Imagens do Povo, no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Durante 12 anos o Imagens do Povo capacitou moradores de favelas para o trabalho com fotografia aliado à percepção crítica e aos Direitos Humanos.

:: “O Brasil carece de um mergulho na sua própria população”

A mostra é uma iniciativa do mandato da deputada Marina do MST (PT) e da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (AMTRA). 

Acolhimento institucional

Na última quinta-feira (21), a Lei 10.575/24 foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro. A norma, de autoria da deputada Marina do MST, autoriza o governo estadual a prover acolhimento institucional para vítimas de trabalho em condição análoga à escravidão.

"Este é um passo histórico na luta por justiça e dignidade, protegendo quem mais precisa e enfrentando de frente essa grave violação de direitos humanos. Essa conquista é fruto de muito trabalho coletivo e compromisso com a defesa dos direitos básicos de cada pessoa", escreveu a parlamentar nas redes sociais.

Serviço

Período: 28/11 a 12/12

Local: Palácio Tiradentes

Entrada: Gratuita
 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister