tentativa de golpe

Mauro Cid vai prestar novo depoimento à PF nesta terça (19) após descoberta de dados apagados

Acordo de delação pode ser anulado por Cid omitir informações dos investigadores

São Paulo (SP) |
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid - Reprodução/ Facebook Jair Bolsonaro

Está marcado para a próxima terça-feira (19) às 14h, novo depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Ele será ouvido na sede da Polícia Federal, em Brasília.

A nova convocação vem após a descoberta de que Cid apagou dados de computadores apreendidos durante as investigações policiais. As mensagens apagadas trazem mais detalhes sobre a tentativa de impedir a posse do presidente Lula da Silva.

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A omissão destes dados coloca em risco o acordo firmado por Cid, o que pode levar o tenente-coronel a perder os benefícios negociados. A delação premiada prevê que o delator diga tudo o que sabe sobre os supostos crimes que praticou ou tomou conhecimento. No entanto, a descoberta de dados apagados não invalida o que Cid já revelou até agora para o inquérito.

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Segundo a defesa do tenente-coronel, todas as perguntas feitas até aqui foram respondidas e se algo ficou sem resposta foi por esquecimento. O advogado de Cid também argumentou que é comum que surjam novas informações e questionamentos.

Peça-chave

Mauro Cid, que foi ajudante de ordens e uma espécie de "faz tudo" de Jair Bolsonaro durante sua presidência, é peça-chave em várias investigações que envolvem o ex-presidente. Além da tentativa de golpe, Cid participou da venda ilegal de joias sauditas que Bolsonaro ganhou quando era presidente e da falsificação de atestados de vacina contra a Covid-19 para a família Bolsonaro.

O acordo de delação premiada foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) em 9 de setembro de 2023. Cid está em liberdade provisória desde maio deste ano.

 

Edição: Raquel Setz