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Caso transplantes: governador do Rio nomeia novo presidente da Fundação Saúde

Marcos Vinicius Dias assume o cargo; decisão ocorreu após a renúncia da diretoria da instituição na segunda-feira (21)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Troca de gestão ocorre cerca de 10 dias depois de o escândalo dos órgãos com HIV liberados para transplante ter sido revelado - ONG Gestos

Neste terça-feira (22), o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) nomeou o novo presidente da Fundação Saúde. O médico Marcus Vinicius Dias assume o cargo após a renúncia da diretoria da fundação na segunda-feira (21).

Servidor de carreira do Ministério da Saúde há mais de 15 anos, Marcus Vinicius Dias ocupou os cargos de coordenador-geral de assistência, direção-geral dos hospitais federais e secretário-executivo do Ministério da Saúde. Também foi vice-presidente do Instituto Vital Brasil, diretor-geral do Hospital Adão Pereira Nunes e diretor-médico do Hospital Azevedo Lima. Atualmente, é diretor-geral do Hospital Estadual Azevedo Lima e conselheiro de administração da Cedae.

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Marcus Vinicius é formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com residência em ortopedia pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), MBA em gestão em saúde pela Universidade de São Paulo (USP), pós MBA pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD) e mestrado em economia pelo IBMEC.

Exonerações

De acordo com o portal G1, as exonerações dos cinco diretores e do diretor-executivo da Fundação Saúde, João Ricardo Pilotto, foram publicadas no Diário Oficial do estado desta terça (22). Os seis cargos correspondem a toda a cúpula da instituição, segundo organograma disponível no site do órgão.

Ainda segundo informações do portal G1, além do cargo mais alto, foram exonerados os ocupantes das diretorias Administrativa, de Recursos Humanos, Técnica Assistencial, Jurídica e de Planejamento e Gestão. Esta última era ocupada por Debora Lucia Teixeira Medina de Figueiredo, irmã do deputado federal Doutor Luizinho (PP), ex-secretário estadual de Saúde.

Além de Pilotto e Debora, foram exonerados Alessandra Monteiro Pereira, diretora administrativa; Bruno Rebula Klein, diretor de RH; Carla Maria Bomquipani, diretora técnico assistencial e Luiz Romano Quagliani, diretor jurídico. Não foram publicados nomes dos substituto ou de ocupantes interinos dos cargos.

As exonerações ocorrem cerca de 10 dias depois de o escândalo dos órgãos com HIV liberados para transplante ter sido revelado. Segundo o governo do estado, o PCS Lab Saleme foi contratado em dezembro do ano passado por R$ 11 milhões para fazer a sorologia de órgãos doados. O laboratório tem como um dos sócios Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira. Ele é primo de Doutor Luizinho, que, além de deputado federal, é líder do Progressistas na Câmara dos Deputados.

Edição: Mariana Pitasse